Pesquisar
PATROCINADORES
PATROCINADORES

Reino Unido tem maior inflação em 40 anos

O ministro das Finanças, Rishi Sunak, declarou que escalada é impulsionada pelos preços no mercado global

A taxa de 12 meses do índice de preços ao consumidor (IPC) do Reino Unido teve alta de 9% em abril. É o maior resultado em 40 anos. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (18) pelo ONS, o departamento estatístico britânico.

Em março, a inflação nos 12 meses anteriores foi de 7%. Em uma base mensal, o IPC subiu 2,5% em abril deste ano. No mesmo mês de 2021, o aumento foi de 0,6%. “A inflação subiu com força em abril, impulsionada por um aumento brusco nos preços da energia elétrica e do gás”, falou Grant Fitzner, economista-chefe do ONS. A alta em abril também foi puxada pela escalada do custo de alimentação e transporte. Fitzner destacou que foram registrados ainda “aumentos acentuados” nos preços dos metais, dos produtos químicos e do petróleo bruto.

Em comunicado, o ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak, declarou que “países ao redor do mundo enfrentam uma inflação crescente” e que o índice no Reino Unido é impulsionado pelos preços nos mercados mundiais.

As críticas são cada vez mais intensas no país e várias ONGs denunciam a ação insuficiente do governo na crise do custo de vida, no momento em que milhões de britânicos são obrigados a limitar os gastos com refeições ou calefação. Na segunda-feira, o presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, classificou a situação como “apocalíptica” para os preços dos alimentos e advertiu que a inflação, que deve superar 10% até o fim do ano no Reino Unido, pode ser ainda maior se a Ucrânia não conseguir exportar suas colheitas.

Na Europa

Na Zona do Euro, a inflação registrou em abril o nível recorde de 7,4% em termos anuais, impulsionada pelo aumento dos custos de combustível e alimentos, informou nesta quarta-feira a agência de estatísticas da UE, baixando sua estimativa preliminar de 7,5%.

As pressões de preços são agora tão amplas que mesmo o núcleo da inflação, que elimina os custos voláteis de alimentos e combustíveis, está bem acima da meta de 2% do Banco Central Europeu, indicando que o forte aumento dos preços corre o risco de se enraizar.

A inflação excluindo energia e alimentos acelerou para 3,9% em abril, de 3,2% em março, enquanto uma medida ainda mais restrita que elimina também álcool e o tabaco subiu de 3% para 3,5%, informou a Eurostat.

Esse resultado da inflação é a principal razão pela qual o BCE deve aumentar as taxas de juros em julho, dando início ao que provavelmente será uma sequência de movimentos que pode elevar sua taxa de depósito de -0,5% de volta a território positivo antes do final do ano.

As autoridades do BCE estão cada vez mais preocupados que o aumento da inflação esteja agora aqui para ficar e que sejam necessárias condições monetárias mais apertadas para que ela volte a ficar abaixo de 2%.

Compartilhe

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

©2017-2020 Money Report. Todos os direitos reservados. Money Report preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe.