Acelen declarou que não tem capacidade para continuar abastecendo embarcações como a estatal Petrobrás fazia
A Acelen, empresa controlada pelo fundo Mubadala, dos Emirados Árabes, assumiu em 1º de dezembro as operações da antiga Refinaria Landulpho Alves (Rlam). Desde então, modificou a logística de abastecimento das embarcações que passam pelo Porto de Salvador. Como resultado direto, as embarcações que adentram ou navegam pela Baía de Todos os Santos agora precisam abastecer em outros portos. A razão disso é que a companhia árabe produz somente o óleo combustível para seus navios.
O Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar) se posicionou contra a atuação da Acelen. Mais de 200 embarcações passam pelo Porto de Salvador mensalmente e cerca de 40 aproveitam para abastecer seus tanques, segundo o Sindicato das Agências de Navegação do Estado da Bahia (Sindinave).
Em nota, a Acelen declarou que não tem capacidade para continuar abastecendo os navios como a Petrobras fazia. “Os ativos logísticos necessários para a comercialização do bunker oil ao mercado local não fizeram parte da compra da refinaria”, justificou. O grupo também informou que “empenha todos os esforços para montar, o quanto antes, a infraestrutura necessária para a prestação do serviço, ainda no primeiro trimestre deste ano”, pontuou.
Ficam questões pendentes. Se a comercialização de combustível naval não fazia parte dos planos após a privatização, por qual razão as autoridades portuárias deixaram a situação chegar até este ponto? Por qual razão a Petrobras não avisou?
O que MONEY REPORT publicou