O TTF holandês, gás de referência na Europa, subiu mais de 60% e atingiu o recorde de € 345 por MWh

Os preços do gás natural na Europa dispararam a um novo máximo histórico, nesta segunda-feira (7), com perspetivas de novas sanções aplicadas ao fornecimento russo de matérias-primas energéticas, país que fornece 40% do gás consumido na Europa.

O temor de problemas nas exportações procedentes da Rússia, que fornece 40% das importações de gás europeu, provocou a disparada do preço do gás de referência na Europa, o TTF holandês, que subiu mais de 60% e atingiu o novo recorde de € 345 por megawatt-hora (MWh).

Apesar das sanções já impostas, a Rússia tem continuado a enviar gás natural para a Europa ao longo desta guerra que já vai no seu 12º dia. As sanções impostas à Rússia não proíbem (para já) esse fornecimento, nem os respetivos pagamentos. Contudo, devido a riscos éticos/reputacionais ou outros, as empresas europeias já têm vindo a reduzir as compras de gás natural a empresas russas. Na semana passada, não houve propostas de compra nos leilões energéticos promovidos por empresas russas, como Surgutneftegas e Lukoil.

Petróleo

Pouco depois, às 9h05 (6h05 de Brasília), o gás europeu era negociado a € 280. Ao mesmo tempo, o barril de petróleo do tipo brent do Mar do Norte se aproximou dos US$ 140 dólares, o maior nível em quase 14 anos.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que a Casa Branca e seus aliados estão em negociações para proibir as importações de petróleo e gás da Rússia devido à invasão da Ucrânia. A Rússia é um dos principais fornecedores de gás natural e um dos maiores produtores de petróleo do mundo.