O boletim Focus também indicou IPCA de 5,5% em 2022. Para 2023, inflação ficaria 3,5% e juros básicos, em 8%.
Depois que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deu a entender que o ritmo de alta da Selic deve ser desacelerado em sua próxima reunião e o chefe agência, Bruno Serra, informar que o ciclo de aperto não seria em março, os economistas do mercado financeiro elevaram suas previsõs para um aumento da taxa básica este ano em 0,5%.
De acordo com o relatório Focus publicado nesta sgunda-feira (14), até o final de 2022 a previsão passou de 11,75% para 12,25% ao ano. Considerando apenas 94 respostas nos últimos cinco dias úteis, a expectativa para a Selic até o final do ano também passou de 11,75% para 12,25%. Para 2023, a Selic segue em a 8%.
Controle inflacionário
Na semana passada, a ata do encontro mostrou preocupação da autoridade monetária com a adoção de políticas fiscais que buscam controlar a inflação no curto prazo, em documento interpretado por parte do mercado como duro, embora não tenha avançado em informações sobre o percentual de aperto monetário que será adotado na próxima reunião do colegiado.
O Focus apontou ainda que a expectativa para a alta do IPCA este ano aumentou em 0,06 ponto percentual, indo a 5,5%, enquanto, para o ano que vem, segue em 3,5%. O centro da meta oficial para a inflação em 2022 é de 3,5% e para 2023 é de 3,25%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
A inflação ao consumidor no Brasil iniciou 2022 em desaceleração mas com a maior taxa para o mês de janeiro em seis anos, de 0,54%, indo a 10,38% no acumulado em 12 meses. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento seguiu em 0,3% para 2022, mas caiu a 1,5% em 2023, de 1,53% antes.
