Indicador voltou a acelerar em relação ao mês anterior, puxado por um aumento da energia elétrica residencial (4,59%)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu 0,23% em agosto, segundo dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador voltou a acelerar em relação ao mês anterior, puxado por um aumento da energia elétrica residencial (4,59%). Em junho, o IPCA fechou com alta de 0,12%. Em agosto, o país havia registrado deflação de 0,36%, na esteira da desoneração de combustíveis. Com isso, o país passa a ter uma inflação acumulada de 4,61% nos últimos 12 meses. No ano, a alta acumulada é de 3,23%.
Mesmo em trajetória de alta, o IPCA veio um pouco abaixo das projeções do mercado, que apontavam alta de 0,29% no período. Segundo o IBGE, houve alta em seis dos nove grupos que compõem o indicador. O maior ganho vem do grupo Habitação (1,11%), que abriga o subitem de energia elétrica residencial. As contas de luz tiveram alta de 4,59% e impacto de 0,18 ponto percentual no índice geral.
O aumento das contas de luz tem relação com o fim da incorporação do bônus de Itaipu. Esse bônus foi incorporado nas contas de luz de julho e saiu da conta em agosto. Por outro lado, o grupo de Alimentação e bebidas continua em queda, e registra deflação de 0,85% em agosto. É o terceiro mês consecutivo de quedas, puxados pelos preços da alimentação em domicílio (-1,26% no mês).
Confira a variação mensal por grupos do IPCA em agosto de 2023:
- Alimentação e bebidas: -0,85%;
- Habitação: 1,11%;
- Artigos de residência: -0,04%;
- Vestuário: 0,54%;
- Transportes: 0,34%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,58%;
- Despesas pessoais: 0,38%;
- Educação: 0,69%;
- Comunicação: -0,09%.
