O recuo se deve a um declínio nos custos de bens
O índice de preços ao produtor para a demanda final caiu 0,5% em relação ao mês anterior e subiu 9,8% em relação ao ano anterior, mostraram dados do Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (11). O recuo se deve a um declínio nos custos dos bens, embora os preços dos serviços tenham apenas subido. Preços pagos por produtores dos EUA caíram com custos de energia mais baixos, núcleo ainda em alta.
Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o chamado núcleo do PPI subiu 0,2% em relação a junho e 7,6% em relação ao ano anterior. Tanto os números gerais quanto os principais foram mais suaves do que o previsto.
Os números sugerem que algumas pressões inflacionárias estão começando a diminuir, o que pode moderar o ritmo de crescimento dos preços ao consumidor nos próximos meses. Os preços das commodities, incluindo o petróleo, caíram acentuadamente nos últimos meses, e há indicações de que as condições da cadeia de suprimentos estão melhorando. Os rendimentos do Tesouro permaneceram mais baixos, enquanto os futuros do S&P 500 ampliaram os ganhos e o dólar enfraqueceu.
Os dados de preços ao consumidor divulgados na quarta-feira também mostraram uma moderação bem-vinda na inflação em julho, refletindo em grande parte uma retração nos preços na bomba. Mesmo assim, a inflação permanece teimosamente alta e provavelmente manterá o Federal Reserve em um caminho agressivo para contê-la.
Preços de Mercadorias
Cerca de 80% do declínio nos preços dos bens foi devido a uma queda de 16,7% nos preços da gasolina, mostrou o relatório. Diesel, sucata de ferro e aço e grãos também diminuíram. Os preços dos serviços subiram apenas 0,1% em julho, impulsionados pelo aumento nas margens de combustível e transporte e armazenagem. Ainda assim, foi o menor avanço em três meses, com queda nos preços de gestão de portfólio, varejo de alimentos e álcool e transporte rodoviário de longa distância.
O relatório de quinta-feira se soma a dados separados da S&P Global e dos bancos regionais do Fed que mostraram uma retração nos preços pagos por insumos como materiais em julho. Os riscos permanecem, no entanto. Embora as cadeias de suprimentos tenham começado a se normalizar, a guerra na Ucrânia, as negociações trabalhistas nos portos da Costa Oeste e a política de zero covid da China representam potenciais lombadas logísticas para os produtores dos EUA.
Os preços ao produtor, excluindo alimentos, energia e serviços comerciais – que excluem os componentes mais voláteis do índice – aumentaram 0,2% em relação a junho e 5,8% em relação ao ano anterior. Os custos dos produtos processados para a demanda intermediária, que refletem os preços anteriores na linha de produção, caíram 2,3% – o maior desde abril de 2020. Mais da metade da queda foi atribuída à queda nos custos do diesel. Excluindo alimentos e energia, esses custos caíram 0,2%.
