Empregos previstos para o setor de serviços recuaram
O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil (IAEmp) teve ligeira queda em julho, interrompendo três meses consecutivos de alta, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (4) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, cedeu 0,8 ponto no mês passado, a 81,1 pontos, mas seguiu perto de um pico em sete meses atingido em junho.

O IAEmp parece dar sinais de desaceleração do mercado de trabalho ao registrar pequena queda em julho. O resultado ainda não parece ser uma reversão da tendência positiva dos últimos meses, mas sugere perda de força dessa retomada ao longo do ano. As medidas de estímulo à economia feitas pelo governo podem sustentar esse cenário mais favorável no curto prazo, mas no médio prazo o enfraquecimento da atividade econômica tende a segurar o ritmo de recuperação do mercado de trabalho”, diz nota divulgada pela FGV.
O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante: quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

Em julho, quatro dos sete componentes do IAEmp contribuíram para a queda. Os destaques foram o indicador de Situação Atual dos Negócios da Indústria, que contribuiu negativamente com 0,5 ponto para a variação agregada, e o indicador de Emprego Previsto de Serviços, com 0,3 ponto de contribuição. Na contramão, indicador de Emprego Previsto da Indústria contribuiu positivamente com 0,4 ponto na variação agregada.