Contribuem para o resultado a piora do cenário fiscal, a inflação além da proximidade das eleições presidenciais
O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) subiu 0,5 ponto em junho, para 116,4 pontos, sob impacto do componente de Mídia, que mede a incidência de termos que refletem incerteza nos textos das notícias publicadas pela grande imprensa. O índice foi divulgado nesta quinta-feira (30) pela da Fundação Getúlio Vargas Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE).
“O indicador de Incerteza sobe em junho, mantendo-se em patamar moderadamente elevado, 1,4 ponto acima da elevada média de 115 pontos observada entre julho de 2015 e fevereiro de 2020, último mês antes do impacto da pandemia de covid. Contribuem para o resultado a piora do cenário fiscal, que voltou a ser destaque na economia, a inflação persistente e disseminada no Brasil e no mundo, as incertezas em relação ao crescimento mundial e a proximidade das eleições presidenciais. Ao longo de junho, o IIE-Br mídia chegou a desacelerar, refletindo a divulgação de resultados de atividade econômica superiores ao esperado. Mas a persistência inflacionária e a piora das condições fiscais levantaram dúvidas quanto à continuidade dos resultados positivos para os próximos meses. Diante do cenário desafiador para a conjuntura doméstica e internacional, o indicador deve continuar a oscilar em patamar elevado nos próximos meses,” afirma Anna Carolina Gouveia, Economista do FGV IBRE.
A alta do mês foi motivada apenas pelo resultado do componente de Mídia, que subiu 0,6 ponto, para 114,7 pontos, contribuindo com 0,5 ponto para o índice agregado, enquanto o componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, ficou estável, em 116,4 pontos.
(FGV)
