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Governo reduz imposto de importação de vergalhões de aço

Representantes das siderúrgicas alegam que a construção civil apresentou dados superestimados ao governo

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) reduziu tarifas de importação de dois tipos de vergalhões de aço e zerou as alíquotas para uma lista de produtos alimentícios, informou o Ministério da Economia nesta quarta-feira (11), em mais uma iniciativa para tentar reduzir pressões sobre a inflação. Entre os itens afetados, foi reduzido de 10,8% para 4% o Imposto de Importação de dois tipos de vergalhão de aço (CA50 e CA60).

A medida vale a partir desta quinta-feira (12). O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, destaca que os vergalhões de aço tiveram uma grande influência no aumento dos custos da construção, dado que o produto subiu 101% em 2 anos. “A alta do insumo vinha sendo um grande entrave para o crescimento do setor.” O executivo reforça que essa redução é muito importante para o setor de construção, principalmente na produção de unidades destinadas à baixa renda. “O Brasil possui um grande déficit habitacional de 7,8 milhões de moradias e a inflação vem prejudicando o poder de compra de imóveis das famílias de menor renda”, salienta.

Setor de aço incomodado

A redução do imposto colocou em guerra dois gigantes da indústria nacional: os setores de siderurgia e da construção civil. No pano de fundo está a disputa eleitoral deste ano e o risco de aumento de demissões no segundo semestre, justamente no auge da campanha eleitoral. As siderúrgicas não acreditam na baixa.

O presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Lopes, disse que a redução do imposto de importação entrou no radar do governo a pedido da construção civil, que reclamou do aumento dos preços dos vergalhões utilizados no setor. Ele acusou o segmento de repassar ao ministro da Economia, Paulo Guedes, dados incorretos, como do aumento de preços de mais de 100% e de que está havendo demissão. “Isso não procede. Guedes falou de pressão intensa da construção civil, eles trouxeram ao ministro informações que não procedem”, acusou Lopes. 

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