Falta de interesse impede a formação de novos profissionais. Mais de 40 mil vagas estão abertas só em São Paulo
Massa grossa, filão, careca, jacó, cacetinho, carioquinha, d’água, de trigo, aguado, de sal e francês. Em cada canto do Brazil o pãozinho carrega um nome popular. Anualmente são consumidos 5,9 milhões toneladas de produtos panificados, distribuídos em mais de 70 mil padarias. Porém, uma pesquisa da Associação Brasileira das Indústrias de Panificação revela a necessidade de 140 mil profissionais – 40 mil somente em São Paulo.
A falta de padeiros é clara. A escassez de profissionais afeta pelo menos cinco estados. Só em Campinas (SP) há 2 mil postos em aberto. Para resolver o problema, os donos de padarias improvisam realocando funcionários, mandando gente faz o curso ou ensinando na prática, diante do forno e das massas.
Rui Gonçalves, presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de São Paulo, aponta para a dificuldade em formar novos profissionais devido à falta de interesse. “O jovem já não quer mais uma profissão dessas”, afirmou.
Felizmente, essa escassez de mão de obra também gera oportunidades para quem tem disposição. O Instituto Gourmet oferece um curso de Panificação Artesanal para aqueles que desejam empreender ou aprimorar suas habilidades na produção de pães. Durante o curso, os alunos adquirem expertise para se tornarem profissionais de sucesso ou para aumentarem sua renda.
Glaucio Athayde, CEO do Instituto Gourmet, destaca que os profissionais da panificação têm diversas oportunidades em restaurantes, cafeterias, mercados, cantinas, lanchonetes e até mesmo setores relacionados ao turismo gastronômico, como cruzeiros e hotéis.
Há cursos on-line no Instituto do Desenvolvimento de Panificação e Confeitaria (IDPC). No presencial, há o do Senai. O próprio Instituto Gourmet oferece um curso de panificação artesanal.
