Após registrar um pífio resultado nos primeiros meses da pandemia, a venda de livros teve uma recuperação de 22,3% no faturamento em outubro, na comparação com mesmo mês de 2019 – de R$ 111,8 milhões para R$ 136,8 milhões. Atrelado a isso, o volume de vendas teve crescimento de 25,8%, alcançando os 3,6 milhões de exemplares, aponta um levantamento da consultoria Nielsen divulgado nesta quarta-feira (18).
O bom resultado não minimiza os impactos negativos do ano. De acordo com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), em abril o faturamento teve queda de 48%, em relação ao mesmo período do ano passado, despencando de R$ 125,4 milhões para R$ 65,7 milhões. O volume de vendas também encolheu: de 2,9 milhões de exemplares para 1,6 milhões.
De acordo com o presidente do Snel, Marcos da Veiga Pereira, a recuperação está atrelada a uma mudança de comportamento durante a pandemia. Os leitores agora buscam mais obras de não ficção especialista (carreira, negócios) – justamente as mais caras. A seguir vêm as de não ficção trade (autoajuda, religião, biografias), ficção, infanto-juvenil e educacional. O acompanhamento não inclui o mercado de e-books.
