O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 5,1 bilhões no terceiro trimestre de 2021, aumento de 47,6% contra o tri de 2020 e 2% em relação ao segundo tri deste ano, aponta o balanço divulgado na noite desta segunda-feira (8). No acumulado, o crescimento em relação a setembro de 2020 foi de 48,1%. O retorno sobre patrimônio (RSPL) encerrou o tri em 14,3% e na visão acumulada em 15%. O Índice de Basileia atingiu 19,34%, sendo 13,17% de capital principal. O bom desempenho se dá por menores despesas com provisões de crédito, maiores receitas, com crescimento da margem financeira bruta e das rendas com prestação de serviços, e sólido controle das despesas administrativas.
Carteira de crédito
a carteira de crédito ampliada alcançou R$ 814,2 bilhões em setembro de 2021, evolução de 6,2% na comparação com junho 2021 e 11,4% comparado ao mesmo período do ano anterior. A carteira apresentou crescimento em todos os segmentos, com destaque para as operações com o agronegócio (18,5%), micro, pequenas e médias empresas (24,6%) e pessoas físicas (14,2%). O índice de inadimplência acima de 90 dias da carteira total ficou em 1,82%, inferior ao patamar do Sistema Financeiro Nacional (SFN), com índice de cobertura de 323,3%.
- Vale destacar que o agronegócio foi o principal vetor de crescimento no trimestre. A carteira cresceu 9,7% na comparação com junho deste ano, com destaque para o custeio agropecuário (10,9%), para as linhas de investimento e comercialização agropecuária, (14,2% e 23,2%, respectivamente) e industrialização (270,2%). Os títulos do agronegócio tiveram performance positiva, destaque para o certificado de direitos creditórios (159,5%).
Receitas e despesas
As receitas de prestação de serviços totalizaram R$ 7,4 bilhões no trimestre, crescimento de 2,2% em relação ao terceiro tri de 2020 e 3,2% na comparação trimestral. O crescimento em Recibo Provisório de Serviços (RPS) em relação ao tri anterior foi influenciado pelo desempenho positivo anual nas linhas de seguros, previdência e capitalização (6%), de consórcios (11,7%) e de administração de fundos (9,9%). No acumulado de 9 meses, o crescimento foi de 1%.
O banco vem implementando ações para o controle de custos. As despesas administrativas totalizaram R$ 7,9 bilhões no período, acréscimo de 0,7% em relação ao tri anterior, influenciadas pelo aumento das despesas de pessoal, devido ao reajuste salarial de 10,97% desde setembro deste ano, concedido aos bancários no acordo coletivo de trabalho 2020/2022 à categoria.