A balança comercial registrou em 2021 o maior superávit da série histórica, iniciada em 1997, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Trata-se do Indicador de Comércio Exterior (ICOMEX), que traz um conjunto de indicadores da balança comercial. Conforme o levantamento, no ano de 2021 a balança comercial marcou US$ 61,2 bilhões, um acréscimo de US$ 10,8 bilhões em relação ao saldo de 2020. Também mostra que a corrente de comércio (exportações mais importações) atingiu valor recorde de US$ 500 bilhões, resultado de um aumento de 34,2% nas exportações e de 38,2% nas importações, entre 2020/2021.
Acrescentou ainda que o aumento das exportações foi liderado pela variação dos preços (29,3%), pois a variação no volume foi 3,2%. Nas importações, a liderança coube ao volume que cresceu 21,9% enquanto os preços aumentaram em 13,1%.
A China se manteve como o principal parceiro comercial do Brasil, tanto pelo lado das exportações como das importações. A China recebeu 31,3% de todas as exportações brasileiras em 2021 (ante 32,4% em 2020). A participação dos chineses nas importações do Brasil foi de 23,4%. O superávit brasileiro no comércio com a China passou de US$ 33 bilhões em 2020 para US$ 40,1 bilhões em 2021.
Os Estados Unidos foram o segundo maior parceiro comercial do Brasil. Houve aumento tanto nas exportações quanto nas importações, mas o déficit comercial do Brasil com os Estados Unidos aumentou de US$ 6,4 bilhões em 2020 para US$ 8,3 bilhões em 2021.