A Petrobras informou que em novembro o fornecimento de combustíveis às distribuidoras deve ficar comprometido por uma “demanda atípica” que pode criar desabastecimento. O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira (19). A confirmação veio após a Associação das Distribuidoras de Combustíveis (BrasilCom) ter afirmado na semana anterior que a petroleira avisou associadas sobre cortes unilaterais nos pedidos de gasolina e óleo diesel.
Para a associação, “as reduções promovidas pela Petrobras em alguns casos chegam a mais de 50% do volume solicitado”. A BrasilCom explicou que as empresas não estão conseguindo comprar combustíveis no mercado externo, pois os preços praticados estão em patamares bem superiores aos internos. O Brasil também não direciona toda a sua produção para o mercado interno, dependendo de um balanço de importações. De acordo com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), mesmo com o nono parque de refino do mundo e com capacidade de produção de 2,3 milhões de barris diários, o Brasil é um importador de derivados, quadro que não deve se alterar na próxima década.
O comunicado não explicou o que causou a “demanda atípica” em um momento de sucessivas altas interna da gasolina e derivados por causa do desequilíbrio cambial.