O recente aumento dos preços da energia, em parte impulsionado pela crise hídrica, terá um impacto negativo de bilhões de dólares na atividade econômica do Brasil em 2021 e 2022, com consequências para o mercado de trabalho e o consumo das famílias, mostra um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A pesquisa apontou que, ao preço de 2020, o aumento do custo da energia elétrica causará uma perda de produto interno bruto (PIB) de R$ 8,2 bilhões neste ano, ante situação sem crise energética. Isso corresponde a uma variação negativa de 0,11%. Para 2022, o impacto deve ser de R$ 14,2 bilhões a preços de 2020, ou impacto negativo de 0,19%.
O consumo das famílias, enquanto isso, verá redução de R$ 7 bilhões neste ano, a preços de 2020, como consequência da pressão dos custos de energia, segundo a CNI, o equivalente à variação negativa de 0,15%. Para o ano que vem, o efeito será de 12,1 bilhões de reais a preços de 2020, ou queda de 0,26%.