Mesmo preocupante, indicador está bem mais abaixo da taxa geral da população adulta negativada, que é de 43,7%
Um levantamento da Serasa Experian mostrou que 28% dos produtores rurais brasileiros estavam inadimplentes em julho de 2023. O indicador é bem mais baixo que a taxa geral da população adulta negativada, que é de 43,7%.
A idade é um fator determinante em relação à inadimplência no campo. Os trabalhadores rurais com mais de 60 anos têm menor inadimplência, enquanto aqueles com idade entre 18 e 25 anos marcaram níveis mais altos.
A região Sul, que sofreu com a seca nas últimas três safras, tem a menor taxa de inadimplência, com 15% dos trabalhadores do campo com nome no vermelho. O Amapá tem a maior taxa de inadimplência, com 40,1%. Santa Catarina tem a menor taxa de inadimplência, com 15%.
O estudo analisou 10 milhões de perfis de pessoas físicas que possuem financiamentos da modalidade rural e/ou agroindustrial no Cadastro Positivo e/ou que sejam donos de propriedades rurais, com CAR (Cadastro Ambiental Rural) ou CAFIR (Cadastro Federal de Imóveis Rurais), distribuídos em todas as 27 Unidades Federativas do país.
Os indicadores de inadimplência apresentados consideram todas as dívidas no mercado.
Marcelo Pimenta, head de agronegócio da Serasa Experian, avalia que é fundamental que os produtores contratem seguro rural para se proteger de riscos climáticos e se dediquem ao planejamento financeiro.
“A maior parte dos produtores rurais brasileiros consegue evitar a inadimplência e continua gerando empregos, cultivando e expandindo seus ganhos, além de mitigar os riscos de suas negociações. Ainda assim, para aqueles que precisam de ajuda, temos o compromisso de proporcionar ferramentas que auxiliem a regularização financeira”, diz Marcelo Pimenta.
