O Ibovespa fechou em forte baixa de 2,86% nesta sexta-feira (22), aos 111.077 pontos. Na semana, o índice caiu 4,67%, o recuo mais intenso desde a semana encerrada em 22 de outubro. O dólar subiu 4%, cotado a R$ 4,8 no encerramento. Na semana, o avanço foi de 2,33%. Foi a maior alta em apenas um dia desde o dia 16 de março de 2020, no início da pandemia. Os mercados globais estiveram de mau-humor após presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) indicar ontem alta de 0,5 ponto percentual nos juros já no encontro de maio. Assim, o aumento será acelerado A queda dos mercados afetou os ADRs (American Depositary Receipts, na prática, as ações das empresas negociadas na Bolsa de Nova York). Além do declínio de papéis de peso na carteira do Ibovespa ontem na bolsa americana, destaque ainda para Eletrobras na esteira do adiamento em 20 dias pelo Tribunal de Contas da União (TCU) do processo de privatização da estatal, em revés para o governo. Vale, Petrobras e bancos, ativos com maior peso no índice, foram as principais influências para a baixa. Copel foi a única alta do índice.
As maiores altas foram das preferenciais da Copel (1,63%) e Drogasil (0,22%). As maiores perdas, Companhia Siderúrgica Nacional (-7,68%) e Locaweb (-6,29%). Todas as cinco ações mais negociadas apresentaram depreciação: Vale (-5,8%), preferenciais da Petrobras (-3,9%), preferenciais do Itaú Unibanco (-1,95%), preferenciais do Bradesco (-1,44%) e Grupo Natura (-3,39%). O volume negociado foi de R$ 28,83 bilhões.
