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Kindle: você já usou alguma tecnologia a contragosto?

Lembro da época em que os primeiros computadores apareceram nas redações. Ainda usávamos as barulhentas máquinas de escrever, sem recurso algum de edição, que causavam um zunzunzum danado no ouvido dos jornalistas. Abracei a nova tecnologia e, mesmo antes que fosse instalada na redação onde trabalhava, comprei um notebook e instalei o software de edição chamado Wordstar. Foi um alívio me livrar do mundo analógico e descobrir como era fácil editar um texto em segundos – e o que é melhor, sem rasuras.

Achei que teria a mesma impressão, dez anos atrás, quando comprei um Kindle. Fininho, levinho, com iluminação própria, esse brinquedo tinha tudo para me conquistar. Especialmente porque seria uma opção espetacular para a leitura antes do sono. Fiquei entusiasmado com o Kindle para substituir livros com muitas páginas. Quem já leu “Fogueira das Vaidades” (Tom Wolfe) ou alguns títulos de Ken Follett na cama sabe do que estou falando. É bastante desconfortável.

Quando comecei a usar o Kindle, porém, fiquei decepcionado. Primeiro porque adoro o cheiro do papel e da tinta. Mas principalmente gosto do manuseio do papel. Especialmente do meio para o final de um livro, quando começo a gerenciar meu ritmo de leitura conforme vou avançando. Se gosto muito da narrativa, vou economizando o texto, lendo mais devagar (isso acontece com vocês?).

Com o Kindle, é preciso efetuar um comando para ver quantas páginas ainda faltam para o final. Mas não é a mesma coisa.

Outra coisa que não gosto: volta e meia, me atrapalho e mexo no tamanho da fonte sem querer. Ou mudo o grau de luminosidade. Enfim, estou sempre fazendo alguma trapalhada e tirando o aparelhinho da minha configuração favorita. Sei que a culpa, neste caso, é toda minha. Mas acaba sendo um pretexto para eu reclamar deste produto da Amazon.

Já estou em meu segundo aparelho Kindle. E percebi ontem à noite que preciso migrar para um novo. Fui verificar quais eram as minhas opções. Quando eu tinha trocado o primeiro pelo segundo, havia apenas duas alternativas.

Hoje, no entanto, existem quatro opções de modelos: 11ª Geração, Paperwhite, Paperwhite Signature Edition e Oasis. Há vários tamanhos (o meu atual é bastante compacto, como se fosse um pocket book) e opções de armazenamento de memória. Os preços também variam, a partir de R$ 359 e chegando a R$ 1.499.

E a quantidade de capas que a Amazon oferece? Uma infinidade, com ilustrações que vão de pinturas de Van Gogh a mulheres nuas.

Confesso que não gostaria de ter tantas opções. Essa pesquisa me deixou um tanto desanimado. Decido aumentar a vida útil de meu Kindle, apesar das cicatrizes em seu painel e da fadiga visível do material. Quem sabe eu me animo a comprar um aparelho novo daqui a uns seis meses…

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