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A vida moderna, turbinada com Rivotril, Venvanse e Mounjaro

Vivemos em uma época em que o estresse domina nossas vidas. Até por isso, queremos aumentar produtividade em nosso cotidiano. Além disso, queremos ficar magros e esbeltos. Só que a era digital é marcada pela busca incessante de saídas rápidas e práticas para qualquer tipo de problema – incluindo tensão, falta de foco e obesidade, questões frequentes em nosso cotidiano. A combinação desses fatores pode criar uma solução bastante perigosa: o consumo indiscriminado de medicamentos que prometem uma saída rápida para os nossos desafios.

Está sob estresse e tem dificuldades para dormir? O Rivotril existe justamente para isso. Ou o Zolpidem. Dificuldades de concentração? Ritalina e Venvanse resolvem a parada. Mas digamos que o problema é emagrecer: Mounjaro e Ozempic estão aí para reduzir seu apetite, ao custo de uma picada semanal.

Cresce diariamente o número de usuários desses remédios, especialmente no ambiente corporativo. Ontem, conversando com amigos, percebi que todos estavam preocupados com a quantidade de conhecidos que fazem uso de drogas legais no dia a dia. Entende-se o consumo desses medicamentos. Trata-se de um expediente simples e imediato para algo que necessitaria de uma força de vontade descomunal para resolver.

Evidentemente, a crítica é para o uso recreativo dessas drogas ou por parte de quem não precisaria utilizá-las. Esses medicamentos foram criados para beneficiar pessoas que realmente necessitam de suas substâncias ativas devido a distúrbios diagnosticados por médicos. Só que os atalhos proporcionados por tais remédios são sedutores e acabam atraindo usuários interessados em soluções rápidas.

Os números são expressivos. Foram vendidas 65 milhões de unidades de Rivotril em 2022 no mercado brasileiro. No caso do Venvanse, as vendas no ano retrasado chegaram a 1,4 milhão de caixas. Derivado da anfetamina e criado para tratar o chamado transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, o Venvanse tem ainda agradado jovens que querem virar a noite na balada – mas pode viciar aqueles que fazem uso contínuo sem necessidade ou acompanhamento médico.

Alguns médicos ouvidos por MONEY REPORT dizem que a pandemia provocou um aumento do interesse no consumo dessas drogas. Durante aquele momento em que todos tiveram que lidar com medo e tensão, o interesse em arrumar uma espécie de muleta química aumentou. E muitos desses novos usuários passaram a incorporar o uso desses medicamentos ao cotidiano quando a vida voltou ao normal.

Não é fácil deixar de usar essas substâncias. Para isso, é preciso procurar a ajuda de um médico. Mas o primeiro passo é admitir que existe um uso excessivo destas drogas, o que também é dificílimo.

Você está consumindo esses remédios em quantidades exageradas? Fale com alguém de sua confiança e busque a ajuda de um médico. Sua saúde vale muito: não a prejudique por comodismo. O caminho para deixar um vício é complicado e tortuoso. Mas a sua vida, após o desmame da droga, terá outro sabor.

Mas uma vez deixado o vício para trás, outro desafio surgirá: o de manter a sobriedade. Para isso, só existe uma ferramenta: a força de vontade, que será testada todos os dias. Se você vive esse problema, tome a providência mais difícil: dê o primeiro passo em direção ao comedimento. Essa será uma das decisões mais duras de sua vida – e talvez uma das mais importantes.   

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