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A metáfora entre “Jornada nas Estrelas” e o capitalismo

O seriado “Jornada nas Estrelas”, criado por Gene Roddenbery nos anos 1960, gerou treze filmes e mais doze outras séries de televisão. Embora não tivesse sido um fenômeno de audiência quando foi exibido pela primeira vez, é uma das produções de maior sucesso em função da longevidade que a franquia alcançou e do número de spin-offs gerados. Após o segundo ano de exibição, a NBC anunciou que iria cancelar a exibição das aventuras de James Kirk, Spock e o doutor McCoy. Uma enxurrada de cartas de fãs, no entanto, fez a emissora mudar de ideia e esticar a produção por mais uma temporada.

Muito se fala sobre a série, até porque existem “trekkies”, como são conhecidos seus fãs, em praticamente todas as gerações que habitam o planeta. Mas há um aspecto pouco discutido no conceito central de “Star Trek”: o enredo do seriado é uma excelente metáfora para o capitalismo.

Vamos começar pelo nome da nave que leva Kirk e sua trupe pelo espaço sideral: Enterprise. Em inglês, essa palavra quer dizer “empreendimento”, “inciativa” ou mesmo “comprometimento”. É o epíteto perfeito para servir de veículo para quem precisa explorar e vencer algumas batalhas importantes durante a sua jornada, como faz o empreendedor.

O personagem principal, Capitão James T. Kirk, é o típico empreendedor: impetuoso, autoconfiante e até um pouco irresponsável em momentos de decisão (irresponsabilidade essa baseada em determinação e assertividade). Mas ele sabe que não pode realizar suas conquistas sozinho. Tem uma equipe de auxiliares que o ajuda constantemente.

A missão da Enterprise é explorar novos mundos e novas civilizações em um período de cinco anos. Nesta caminhada, a tripulação precisa se adaptar instantaneamente a mudanças de ambiente e entender necessidades inéditas que surgem à sua frente. Não é isso que acontece com a maioria dos empresários?

Uma empresa está sempre entre a atitude intempestiva de seu fundador e a racionalidade extrema de seus executivos. É exatamente essa dinâmica que temos na espaçonave Enterprise. Kirk é o empreendedor frenético, que sempre conta com a intuição, o otimismo e a autoconfiança. Já o comandante Spock é frio e racional, sempre mostrando ao oficial superior algo que precisa ser analisado e ponderado.

Em praticamente todos os episódios da série, Kirk precisa ser teletransportado a um planeta. Isso, de certo modo, celebra os empreendedores que se envolvem pessoalmente na condução de seus negócios e na resolução de problemas.

Apesar da impetuosidade, o capitão está sempre aprendendo e acumulando conhecimento. Isso dá a ele repertório para resolver desafios inesperados. Em um episódio, por exemplo, ele está em um planeta e precisa de pólvora, lago que não existem mais no Século 23. Mas, como estudou muito na academia e depois dela, Kirk sabe exatamente como fabricar a substância e improvisar um explosivo.

Além disso, Kirk usa com frequência o blefe como estratégia para vencer – algo que todo empresário já fez na vida. Em um confronto, por exemplo, o imediato Spock pondera que uma determinada pendenga não pode ser resolvida como se fosse um jogo de xadrez. “Xadrez, não, Spock”, reconhece ele. “Pôquer! Você conhece esse jogo?”.

A lista de semelhanças entre o seriado e a livre iniciativa é enorme e continua. Mas vamos acabar por aqui, pois reconheço que nem todos são fãs de “Jornada nas Estrelas” como eu e podem ficar enfastiados com esse texto.

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