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“Precisamos elevar a qualidade do debate econômico”, diz presidente do BNDES

O economista Paulo Rabello de Castro assumiu o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social há 7 meses. Desde então, se tornou uma das vozes mais ativas na defesa da reforma do Estado brasileiro.

 

No Brasil, os debates sobre reforma tributária se arrastam há 30 anos, mas nada muda. Por quê?

Não avança porque há muitos interesses localizados. Cada tributo carrega no Brasil um sócio, alguém que colocou aquilo ali na legislação. O que precisamos é de uma reforma simplificadora, com um único tributo para ser pago. Assim, o empresário só fala uma vez com o fiscal, ele não vai ter dúvidas sobre o que pagar. Ao desbastar a floresta de tributos, o empresário passa a ter uma visualização melhor de como o sistema funciona. Uma parte desse benefício vai ser traduzida em preços mais baixos, e o consumidor começa a se beneficiar.

 

Por que a reforma da Previdência é importante?

O Brasil é uma sociedade de privilégios. A reforma da Previdência começa a tratar todos os brasileiros de maneira igual.

 

Como resolver o problema do déficit público?

No Brasil, as pessoas se propõem a cobrir os déficits públicos às custas do sangue do povo brasileiro, cometendo uma insanidade tributária e outra insanidade de juros. É preciso recompor o papel do governo, definir uma disciplina de controle de gastos. As reformas feitas pelo presidente Michel Temer estão neste caminho.

 

O senhor encontrou indícios de corrupção no BNDES?

Realizamos uma investigação, mas não descobrimos nada, a não ser erros técnicos, o que é normal em qualquer instituição. Fraudes e falta de compromisso com a ética não foram detectados. Essa é a grande decepção para aqueles que querem humilhar o banco.

 

A parceria com a JBS trouxe prejuízos para o banco?

O BNDES não fez financiamento para a JBS, ele entrou como sócio, que é uma maneira de colaborar com o empreendimento. Se eu acho que uma empresa deve ser apoiada de forma acionária, eu entro como sócio. Em compensação, o banco e o povo brasileiro podem lucrar mais do que se tivessem emprestado. Isso é comum, fazemos até com startups.

 

O senhor será candidato a presidente?

Não está na hora de debater essa questão. O que precisamos é elevar a qualidade do debate econômico no Brasil.

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