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IGP-10 intensifica queda com recuo das commodities e alívio no varejo

Indicador caiu 0,97% em junho e acumula alta de apenas 0,23% no ano; construção civil segue pressionada por custos de mão de obra e energia

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou queda de 0,97% em junho, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (16) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado representa uma intensificação na deflação em relação a maio, quando o índice havia caído 0,01%. No acumulado de 2025, o indicador registra alta de apenas 0,23%, com avanço de 5,62% em 12 meses.

Segundo Matheus Dias, economista do FGV IBRE, a queda no IGP-10 foi puxada principalmente pelo recuo dos preços do milho, favorecido pelo avanço das colheitas e pelos bons resultados da safra, o que impactou diretamente o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo). “No varejo, o grupo Alimentação também desacelerou, com destaque para a queda nos preços de ovos, tomate e arroz. Por outro lado, os custos da construção civil continuam subindo, puxados por reajustes salariais e aumento na conta de energia”, diz Dias.

IPA e pressão das Matérias-Primas

O IPA, que representa 60% da composição do IGP-10, caiu 1,54% em junho, aprofundando a queda registrada em maio (-0,17%). Os Bens Finais saíram de uma alta de 0,99% para uma estabilidade (-0,01%), enquanto os Bens Intermediários recuaram 0,87% após terem subido 0,10% no mês anterior. O segmento de Matérias-Primas Brutas apresentou a queda mais acentuada: -2,98%, contra -1,09% em maio.

Inflação ao consumidor desacelera

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou alta de 0,28% em junho, abaixo da taxa de 0,42% de maio. Cinco dos oito grupos analisados apresentaram desaceleração: Alimentação (0,11%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,44%), Despesas Diversas (0,14%), Vestuário (0,51%) e Transportes (-0,08%). Em contrapartida, os grupos Habitação (0,86%), Educação, Leitura e Recreação (-0,08%) e Comunicação (-0,05%) registraram avanço.

Construção civil segue pressionada

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,87% em junho, quase o dobro da taxa de maio (0,43%). O aumento foi puxado principalmente pelo grupo Mão de Obra, que saltou de 0,51% para 2,38%. Enquanto isso, Materiais e Equipamentos recuaram 0,28% e o grupo de Serviços desacelerou para 0,49%.

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