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Mounjaro é aprovado no Brasil para tratar obesidade

Aplicação semanal pode custar até R$ 1.860 por mês para compras em lojas físicas, informa a fabricante

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento Mounjaro para tratamento da obesidade. A decisão foi publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira (9). O produto da A farmacêutica Eli Lily  só estava liberado para o tratamento da diabete tipo 2.

Usado por meio de uma caneta aplicadora subcutânea, o Mounjaro (tirzepatida) é um concorrente direto do Ozempic (semaglutida), da Novo Nordisk, que também a fabrica o Wegovy e do Saxenda (liraglutida). O Mounjaro estava aprovado para diabetes no país desde 2023, porém só começou a ser vendido no começo deste mês, mas o preço das canetas continua sendo uma barreira de acesso.

O uso contra a obesidade exige que a doença esteja relacionada a pelo menos uma comorbidade. A tirzepatida controla da taxa de açúcar no sangue, atuando sobre dois hormônios que agem no controle do apetite. Assim é possível controlar melhor o peso, alega a fabricante.

Quem sofre de obesidade passa a ser passível de prescrição médica, desde que tenham índice de massa corpórea acima de 30 kg/m², o que caracteriza obesidade, ou acima de 27 kg/m², na faixa de sobrepeso, em conjunto com alguma comorbidade.

De acordo com o diretor da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), Alexandre Hohl, a inclusão da nova indicação terapêutica para tirzeptatida “consolida a geração de medicamentos que podem modificar totalmente a vida das pessoas que vivem com excesso de adiposidade”.

O diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Fábio Moura, ressalta que essas drogas já se mostraram eficazes e seguras, mas o tratamento ainda demanda mudanças no estilo de vida. 

“Tem que manter uma alimentação adequada, tem que fazer exercício físico. Ou seja, não adianta só tomar esse remédio e não fazer outra parte. E por melhor que essas drogas sejam, elas têm seus efeitos colaterais, principalmente gastrointestinais, embora possivelmente tenham um efeito de proteção renal e hepática e sejam seguras do ponto de vista cardiovascular e psiquiátrico”, explica. 

Moura lembra também que as canetas não foram testadas em gestantes ou lactantes, logo, essas pessoas não devem usar o medicamento.

A aplicação disponível no Brasil será semanal, nas dosagens 2,5 mg e 5 mg.

De acordo com a Eli Lily, estes serão os preços

2,5 mg – 4 canetas:

  • Pelo programa da fabricante Lilly: R$ 1.406,75 (no e-commerce) e R$ 1.506,76 na loja física

5 mg – 4 canetas:

  • Pelo programa da fabricante Lilly: R$ 1.759,64 (no e-commerce) e R$ 1.859,65 na loja física

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