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Militares “fundaram empresa” para assassinar autoridades

Investigação descobriu que o Comando C4 tinha tabela para matar ministros do STF (R$ 250 mil), senadores (R$ 150 mil) e deputados (R$ 100 mil); cinco prisões são cumpridas na Operação Sisamnes

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (28) a sétima fase da Operação Sisamnes, que apura a existência de um grupo formado por militares, ativos e da reserva, que teria criado uma empresa clandestina para realizar espionagem e assassinatos sob encomenda. A investigação revelou uma tabela manuscrita com valores para matar autoridades, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e parlamentares do Congresso Nacional.

Segundo a PF, a empresa, que oficialmente prestava serviços de segurança privada, na prática, atuava de forma ilegal e era conhecida internamente como “Comando C4: Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos”. A tabela apreendida indicava preços variados conforme o alvo:

  • Ministros / Judiciário: R$ 250 mil
  • Senadores: R$ 150 mil
  • Deputados: R$ 100 mil
  • Pessoas comuns: R$ 50 mil


A operação cumpriu cinco mandados de prisão, incluindo contra o coronel da reserva do Exército Etevaldo Caçadini de Vargas, suspeito de liderar o esquema. Caçadini já estava preso desde janeiro de 2024 por suspeita de envolvimento no assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto em Cuiabá no final de 2023, crime que a PF acredita ter ligação direta com o grupo.

Além das prisões, foram expedidos quatro mandados de monitoramento eletrônico e seis de busca e apreensão. A ação foi autorizada pelo ministro do STF Cristiano Zanin.

A PF informou que mantém monitoramento constante da organização, que representa uma grave ameaça à segurança pública e à democracia, e destacou que continuará as investigações para identificar todos os envolvidos e coibir a prática criminosa.

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