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Varejo avança 0,6%, mas recuperação ainda é frágil

Segundo a Stone, alta nas vendas em abril não compensa perdas anteriores; mercado de trabalho fraco e endividamento das famílias limitam avanço do setor

O varejo brasileiro registrou crescimento de 0,6% em abril, revertendo a retração observada em março, de acordo com o Índice do Varejo Stone (IVS), divulgado nesta terça-feira (13). Em relação ao mesmo mês de 2024, o avanço foi de 0,4%. O levantamento é feito a partir de transações processadas pela empresa de tecnologia financeira e oferece um retrato detalhado do desempenho do setor.

Apesar dos resultados positivos no curto prazo, a análise da Stone aponta que o ritmo de recuperação ainda está aquém do ideal. “As altas de abril não compensaram as quedas de março, como no caso do vestuário, que subiu 1,3% após recuar 3,3%. Ainda não vemos uma recuperação sustentada”, afirmou Matheus Calvelli, pesquisador econômico da empresa.

Na comparação mensal, o e-commerce apresentou crescimento expressivo de 5,3%, superando o comércio físico, que avançou 0,3%. No entanto, em relação a abril do ano anterior, o varejo online recuou 4,8%, enquanto as lojas físicas registraram alta de 1,3%.

Setores em destaque

Dos oito segmentos analisados, sete apresentaram crescimento em abril. O maior destaque foi para livros, jornais e papelaria, com alta de 7%, seguido por material de construção (2,1%) e vestuário e móveis/eletrodomésticos (ambos com 1,3%). O único setor em queda foi o de supermercados e alimentos, que recuou 2,2%.

Na comparação anual, o melhor desempenho foi registrado no segmento de combustíveis e lubrificantes, com crescimento de 5,8%. Supermercados (4%) e vestuário (3,3%) também tiveram avanços, enquanto móveis e eletrodomésticos caíram 3,2%.

Desempenho regional

Em abril, 19 estados brasileiros tiveram aumento nas vendas em relação ao mesmo mês de 2024. Os maiores destaques foram Acre (12,1%), Amapá (9,4%) e Sergipe (8,6%). Por outro lado, as maiores retrações ocorreram no Distrito Federal (-4,7%), Mato Grosso do Sul (-4,4%) e Rondônia (-3,3%).

Apesar das variações positivas, o cenário macroeconômico ainda limita uma retomada consistente. “O mercado de trabalho segue enfraquecido, com aumento do desemprego e menor geração de vagas formais. As famílias continuam pressionadas pelo endividamento e pela inflação. É cedo para falar em reversão de tendência”, conclui Calvelli.

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