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Os R$ 4,6 bi da JHSF que mudam o modelo de incorporação

Movimento estratégico cria veículo que tem garantia firme de investidores nacionais e internacionais para compra e venda de imóveis da própria empresa

A JHSF anunciou nesta quarta-feira (17) que está estruturando um veículo de investimentos que comprará todo o estoque pronto e em desenvolvimento de seu negócio de incorporação, em uma transação de R$ 4,6 bilhões – a maior dessa natureza no Brasil. A companhia fechou contrato com instituições financeiras que deram garantias firmes para 100% da operação, com expectativa de captação até o final deste ano.

Esta será a maior oferta de um veículo ao setor da construção. A operação abrangeu um conjunto de imóveis que fazem parte do segmento de incorporação da JHSF, no qual a empresa compra o terreno, desenvolve os projetos, faz as obras e as vendas. O pacote inclui tanto imóveis prontos quanto aqueles que serão construídos. Incluem apartamentos do residencial Reserva Cidade Jardim, que está sendo erguido na Marginal Tietê; apartamentos do São Paulo Surf Club, na mesma vizinhança; lotes do Complexo Boa Vista, em Porto Feliz (SP); e lotes da Fazenda Santa Helena, em Bragança Paulista (SP). O pacote deixou de fora os empreendimentos que a empresa classifica como ativos de renda recorrente, que são os imóveis geradores de faturamento contínuo, como shoppings, escritórios, aeroporto, restaurantes e hotéis.

Caso a transação seja concluída até o fim deste ano nestes moldes, os recursos vão entrar no caixa do balanço do quarto trimestre e representarão uma grande injeção de liquidez. A empresa, que tem à frente o CEO Augusto Martins (na imagem), fechou o segundo trimestre com dívida bruta de R$ 5,5 bilhões e uma dívida líquida (descontando os recursos em caixa e contas a receber) de R$ 1,6 bilhão, o que representa 1,8 vez o seu lucro operacional – um patamar moderado de alavancagem. Com os R$ 4,6 bilhões, a empresa entrará em 2026 com mais dinheiro em caixa do que dívidas. A pujança do negócio foi escolhida como A Tacada da Semana de MR.

Com a operação, a companhia do chairman José Auriemo Neto ficará ainda com todo seu landbank, que tem um valor geral de vendas potencial de R$ 38 bilhões. A JHSF vai continuar com suas duas atividades: a incorporação e os negócios de renda recorrente, mas com uma estrutura de capital mais otimizada. Nesse sentido, os recursos próprios serão voltados para a expansão dos negócios de renda, que vêm crescendo em ritmo acelerado e responderam por 74% da receita no segundo trimestre.

De acordo com o fato relevante, a conclusão da transação “trará uma estrutura de capital ainda mais dinâmica e moderna, na qual os projetos de incorporação imobiliária atuais e futuros, desenvolvidos e geridos pela companhia, poderão ser conduzidos conjuntamente com capital de investidores, por meio de veículos específicos, permitindo à empresa equilíbrio de capital no segmentos de renda recorrente. A estratégia permitirá ao mercado uma visão mais precisa do valor intrínseco e do potencial de geração de valor JHSF”.

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