Fundo terá como foco tecnologias que contribuam para o aumento da eficiência operacional da companhia

A petroleira Prio, com sede no Rio de Janeiro e avaliada em R$ 31 bilhões na Bolsa, anunciou a criação de um fundo de Corporate Venture Capital (CVC) no valor de R$ 120 milhões para investir em startups brasileiras que desenvolvam soluções inovadoras para o setor de óleo e gás. Batizado de Prio Ventures, o fundo terá como foco tecnologias que contribuam para o aumento da eficiência operacional da companhia.

O fundo terá a Prio como única cotista e será gerido pela Citrino Ventures, braço da gestora ligada ao family office da família Ermírio de Moraes, proprietária do grupo Votorantim. A Citrino também é responsável pela gestão de outros fundos de CVC no Brasil, como o da Totvs, com portfólio de R$ 300 milhões.

“A Prio está em um momento propício para incentivar a criação de novas tecnologias. O fomento à inovação sempre fez parte da nossa estratégia, e agora damos um passo importante ao buscar startups com potencial para transformar a indústria de óleo e gás”, afirmou Bruno Menezes, diretor de Novos Negócios da empresa.

A tese de investimento contempla startups com soluções voltadas ao desenvolvimento da produção, operações, tecnologias subsea (subaquáticas), sustentabilidade, transformação digital, escoamento de produção, recuperação avançada e manutenção preditiva de ativos petrolíferos, segundo Vitor Hugo Oscar, especialista em CVC da Prio.

O movimento da Prio acompanha a tendência crescente do CVC no Brasil. Esse modelo, em que grandes empresas investem diretamente em startups, já representou cerca de 25% dos aportes de capital de risco na América Latina no primeiro semestre de 2024. Segundo levantamento da Associação de Investimento em Capital Privado na América Latina (Lavca), dez fundos corporativos brasileiros estiveram entre os 16 mais ativos da região no período.