Empresária é investigada por fraudes na pavimentação da cidade de Patos (PB)

A empresa Engelplan, que tem uma das sócias investigada pela Polícia Federal, ganhou um contrato sem licitação na cidade de Patos (PB), no valor de R$ 3,9 milhões, para fazer um aterro sanitário. O município é administrado por Nador Wanderley (Republicanos), pai do do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Segundo o UOL, Dayane Cesarino é alvo da Operação Outside que investiga fraudes na pavimentação de avenidas da cidade, que custou R$ 4,7 milhões via emendas enviadas por Motta. Ela é casada por André Cesarino, dono da construtora Engelplan. A PF tem indícios que ela pagou propina para uma servidora da prefeitura que trabalha no setor de convênios. A empresa também é investigada por superfaturamento nas obras.

As transferências para Eulanda Ferreira da Silva eram feitas via PIX e nas conversas Dayane e André se referiam às propinas como “beijos”, “cheiros” e “abraços.” A servidora atuava como intermediária dos empresários com Hugo Motta. Após a operação, ela foi exonerada pela prefeitura. O deputado, no entanto, não é investigado.

A prefeitura alegou que contratou a empresa por “inexigibilidade de licitação”, quando não há a exigência., mas não há nada que justifique esta possibilidade. Segundo há lei, isto só é autorizado quando os materiais e serviços são fornecidos por um único produtor; para serviços técnicos especializados; contratação de profissional do setor artístico; mão de obra credenciada por órgão público e aquisição de imóveis específicos.

Outro sócio da Eco Forte é Bruno Victor Amaral de Oliveira, um dos donos da MB Limpeza Urbana, empresa responsável pela coleta de lixo da cidade, que também teve uma licitação suspensa, acusada de fraude e multada por irregularidades.