Faturamento do varejo foi 14,4% menor que em 2022

A Black Friday, que deveria ser uma oportunidade para economizar, não foi tão vantajosa para quem queria comprar um celular novo. Um levantamento da BigData Corp. revelou que os smartphones registraram um aumento de preço de 213% no período promocional.

O estudo mostra que os tablets também tiveram um aumento expressivo, de 110,73%. Já os eletrodomésticos subiram 77,54%.

Em geral, a média do crescimento do custo foi de 3%. No entanto, algumas categorias ofereceram descontos reais e expressivos, como artigos de festa (-14,24%), colchões (-12,75%) e roupas (-10,57%).

“A Black Friday é uma data que pode beneficiar tanto os consumidores quanto as empresas, mas é preciso saber escolher as melhores ofertas”, disse CEO da BigDataCorp, Thoran Rodrigues. “Vimos que algumas categorias ofereceram descontos reais e expressivos, que podem fazer a diferença no bolso dos consumidores.”

Para o levantamento de Black Friday, a companhia monitorou os preços de mais de 9 milhões de produtos em 1,7 milhão de sites. No geral, a média do crescimento do custo foi de 3%.

Decepção geral

A Black Friday 2023 não foi um sucesso como o esperado. As vendas no varejo nacional registraram R$ 4,5 bilhões entre 23 e 25 de novembro, um recuo de 14,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

O resultado foi influenciado por diversos fatores, incluindo o aumento da inflação, que pressionou os preços dos produtos, e a alta dos juros, que dificulta o acesso ao crédito.

De acordo com dados do Banco Central, a Selic, a taxa básica de juros da economia, está em 12,25% ao ano. Isso significa que os consumidores estão pagando mais para financiar suas compras, o que reduz seu poder de compra.

Apesar do recuo nas vendas, a Air Fryer foi o produto mais vendido na Black Friday 2023. O eletrodoméstico, que permite fritar alimentos sem óleo, ganhou popularidade nos últimos anos por ser uma opção mais saudável e econômica.