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Trump promete “postura de guerra” caso Democratas investiguem Casa Branca

Por Steve Holland e Jeff Mason

WASHINGTON (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu abrir mão de qualquer iniciativa bipartidária e retaliar se a nova maioria democrata na Câmara dos Deputados dos EUA utilizar seus poderes para pressionar investigações sobre seu governo. 

Trump, que falou em uma entrevista coletiva em clima de combate, na qual bateu boca com alguns repórteres e se gabou de seu papel nas vitórias dos republicanos nas eleições parlamentares de terça-feira, alertou que adotaria uma “postura de guerra” caso os democratas resolvessem investigá-lo. 

Os democratas agora comandarão comitês parlamentares que poderão investigar as declarações de imposto de renda do presidente, que ele se recusou a entregar, possíveis conflitos de interesses em negócios e qualquer tipo de ligação entre sua campanha e a Rússia nas eleições presidenciais de 2016, questão que atualmente é investigada pelo procurador especial Robert Mueller. 

Trump estava animado pelas vitórias que aumentaram ainda mais a maioria republicana no Senado, dizendo a jornalistas na Casa Branca que os ganhos compensavam a vitória dos democratas na Câmara. Ele acrescentou que estaria disposto a trabalhar com os democratas em suas prioridades, mas que acreditava que investigações sobre seu governo poderiam afetar as perspectivas de colaboração bipartidária. 

“Eles podem jogar esse jogo, mas nós podemos jogar melhor”, disse Trump sobre a possibilidade de investigações dos democratas. “Tudo que conseguirão fazer é ir para frente e para trás, e para frente e para trás, e dois anos vão se passar e não conseguiremos ter feito nada.” 

O poder dividido no Congresso, combinado com a visão expansiva de Trump sobre o poder do Executivo, poderia causar polarizações políticas ainda mais profundas e um bloqueio legislativo em Washington. 

Pode haver espaço, no entanto, para que Trump e os democratas trabalhem em conjunto em questões com apoio bipartidário, como por exemplo um pacote para melhoras de infraestrutura, proteções contra altas nos preços de medicamentos, e nos esforços para reequilibrar o comércio com a China. 

“Poderia ser realmente uma bela situação bipartidária”, disse Trump. 

Ele disse que Nancy Pelosi, que poderia ser a próxima presidente da Câmara, havia expressado a ele em um telefonema uma desejo de trabalhar em conjunto. Com democratas considerando se devem apoiar ou não Pelosi, que foi presidente da Casa da última vez que o partido deteve a maioria das vagas, ou pensando em uma nova direção, Trump escreveu em uma publicação no Twitter que ela merece ser a escolhida para a posição. 

Pelosi disse em uma entrevista coletiva no Capitólio que os democratas estariam dispostos a trabalhar com Trump onde fosse possível, mas acrescentou que “temos uma responsabilidade constitucional de fiscalização”. 

“Não acredito que teremos nenhuma dispersão independente nisso. Teremos uma responsabilidade para honrar nosso dever de fiscalização e esse será o caminho que tomaremos. Novamente, tentaremos unir nosso país”, disse Pelosi.

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