(Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Procurador-Geral, Jeff Sessions, apoiaram uma proposta durante a campanha presidencial de 2016 para que Trump se encontrasse com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmaram advogados de um ex-conselheiro de campanha em um documento judicial na noite de sexta-feira.
O relato do ex-conselheiro, George Papadopoulos, parece contradizer o depoimento anterior de Sessions ao Congresso em novembro de 2017, de que ele havia rejeitado a proposta de Papadopoulos em uma reunião de campanha em 31 de março de 2016.
Trump diz que não se lembra muito do que aconteceu na reunião de campanha “sem a menor importância” registrada em uma foto publicada por Trump no Instagram. A imagem mostrava cerca de doze homens sentados ao redor de uma mesa, entre eles Trump, Sessions e Papadopoulos.
“Enquanto alguns na sala repudiaram a oferta de George, o Sr. Trump acenou com a cabeça em aprovação, e passou para o Sr. Sessions, que pareceu gostar da ideia e declarou que a campanha deveria analisar a possibilidade”, escreveram os advogados de Papadopoulos no documento, que pedia leniência antes da audiência de condenação, marcada para a semana que vem.
Papadopoulos, que se declarou culpado em outubro por mentir ao FBI sobre seus contatos na Rússia, tem cooperado com a investigação do procurador especial Robert Mueller sobre a interferência russa nas eleições norte-americanas de 2016 e uma possível colaboração com a campanha de Trump.
O documento registrado no tribunal na sexta-feira confirma reportagem da Reuters em março sobre as diferenças entre o depoimento de Sessions e como outros recontaram suas reações à proposta na reunião de março de 2016.
(Reportagem de Nathan Layne em Wilton, Connecticut)