Por Elizabeth Piper e Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) – A primeira-ministra britânica, Theresa May, sinalizou nesta quinta-feira que pode considerar estender o chamado período de transição depois que o Reino Unido deixar a União Europeia “por alguns meses”, em uma mudança que críticos dizem ser uma traição ao Brexit.
Menos de seis meses antes do prazo oficial para a saída do Reino Unido da UE, as negociações do Brexit travaram em um impasse sobre como lidar com sua única fronteira terrestre, entre a província britânica da Irlanda do Norte e a Irlanda, Estado-membro do bloco.
Durante cúpula da União Europeia em Bruxelas, embora o clima estivesse mais otimista sobre a saída do Reino Unido, diversos líderes e diplomatas disseram que May não ofereceu nada novo para alcançar o tipo de avanço necessário para seguir em frente.
“Uma ideia adicional que surgiu, e é uma ideia neste estágio, é criar uma opção para estender o período de implementação por uma questão de meses, e seria apenas uma questão de meses”, disse May a repórteres no segundo dia da cúpula.
“Mas, a questão é, que não se espera que isso seja usado porque estamos trabalhando para garantir que teremos esse relacionamento futuro em vigor até o final de dezembro de 2020”.