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Papa diz temer banho de sangue na Venezuela, mas não tomará partido por ora

Por Philip Pullella

A BORDO DO AVIÃO PAPAL (Reuters) – O papa Francisco disse no domingo que teme um banho de sangue na Venezuela, mas que é prematuro tomar partido porque isso poderia provocar mais estragos.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, está enfrentando um desafio inédito à sua autoridade desde que o líder da oposição Juan Guaidó se autodeclarou presidente interino, citando uma eleição fraudulenta e conquistando amplo apoio internacional.

    “Neste momento apoio todo o povo venezuelano porque é um povo que está sofrendo”, disse o papa a repórteres no avião que o levava de volta do Panamá, onde fez um apelo por uma solução justa e o respeito aos direitos humanos na Venezuela.

    “Sofro com o que está acontecendo na Venezuela”, afirmou.

    “O que é que me assusta? O derramamento de sangue”, disse. “O problema da violência me assusta. Depois de todos os esforços feitos na Colômbia, o que aconteceu na academia de polícia foi horrível. O derramamento de sangue não resolve nada.”

    O pontífice se referiu a um ataque com bomba em uma academia de polícia de Bogotá que matou 21 pessoas. O governo culpou o grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN), que iniciou conversas de paz com a gestão anterior.

    Francisco respondia a um jornalista mexicano que lhe disse que os venezuelanos “querem ouvir seu papa latino-americano”.

    No domingo, Israel e Austrália se somaram aos países que apoiam Guaidó, e o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, disse que aceitou o membro da oposição Carlos Alfredo Vecchio como representante diplomático do país nos Estados Unidos.

    O papa argentino disse aos repórteres: “Se eu dissesse ‘ouçam estes países’ ou ‘ouçam aqueles países’… me colocaria em um papel que desconheço, seria uma imprudência pastoral da minha parte, e eu causaria danos.”

    Reino Unido, Alemanha, França e Espanha disseram que reconhecerão Guaidó se Maduro não convocar novas eleições em oito dias, um ultimato que a Rússia disse ser “absurdo” e que o ministro das Relações Exteriores venezuelano classificou como “infantil”.

    EUA, Canadá, a maioria dos países latino-americanos e muitas nações europeias dizem que Maduro fraudou a eleição de maio que lhe deu um segundo mandato.

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