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Depois de criticar PT, Cid Gomes grava vídeo de apoio a Haddad

BRASÍLIA (Reuters) – Depois de criticar duramente o PT em um evento em Fortaleza, no domingo, o senador eleito pelo Ceará Cid Gomes, irmão do ex-presidenciável do PDT, Ciro Gomes, distribuiu nessa quarta-feira um vídeo pelas redes sociais defendendo o voto no candidato petista, Fernando Haddad.

“Com tudo o que penso e diante de tudo que falei, não é correto o que fez o outro candidato usando imagens minhas editadas sem minha autorização. Que não fique nenhuma dúvida: neste segundo turno, Haddad é o melhor para o Brasil. Votarei no Haddad no dia 28”, diz o vídeo de menos de 30 segundos que Cid distribuiu em suas redes sociais.

Na segunda à noite, em um ato em defesa da candidatura de Haddad, Cid Gomes foi convidado a falar e disse que apoiava e gostava de Haddad, mas o PT deveria fazer um mea culpa e “admitir as besteiras que fez”. Provocado por um militante, que negou a necessidade de uma admissão de culpa, Cid se irritou e subiu o tom.

“Isso é o PT, e o PT desse jeito merece perder, pra rimar, só pra rimar. Babaca, vai perder a eleição. É isso aí, é esse sentimento que vai perder a eleição”, respondeu.

O candidato adversário, Jair Bolsonaro (PSL), aproveitou a fala de Cid e a colocou já na terça em seu programa eleitoral. A campanha de Ciro Gomes entrou no Tribunal Superior Eleitoral pedindo a retirada, mas os vídeos já foram usados diversas vezes.

A fala de Cid foi tratada pelo PT como o enterro da ideia de que seria possível, como Haddad gostaria, formar uma frente democrática contra Bolsonaro, obtendo um apoio amplo. Haddad gostaria de ver Ciro Gomes em seu palanque, mas o ex-candidato do PDT viajou para o exterior.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que chegou a dizer que haveria “uma porta” para Haddad, afirmou nesta quarta que a porta enferrujou e que a fechadura enguiçou.

Em entrevista, Haddad admitiu a decepção. “Nem todos vão atuar da maneira como eu gostaria, como eu sugeriria para uma pessoa com a formação que ele tem”, disse, referindo-se a FHC.

“A história nos cobra pelos nossos posicionamentos, nem sempre à vista, às vezes a prazo”, acrescentou. [nL2N1WX1GD]

A dificuldade de obter apoios concretos de outros partidos e personalidades de peso na política deixaram o comando da campanha de Haddad em busca de um rumo para os próximos 10 dias, até a data do segundo turno da eleição. O candidato tem centrado sua busca de apoio em grupos específicos da sociedade, como sindicalistas, professores, artistas.

Nesta quarta, Haddad se reuniu com um grupo de bispos de denominações evangélicas contrárias a Bolsonaro para tentar contrapor o apoio majoritário ao ex-capitão do Exército nesse grupo.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)

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