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Boletim da Pandemia 36: esqueça o rebanho; agulhas por mar; recado do dr. Kalil

Science mostra os erros em Manaus


Um artigo das pesquisadoras Devi Sridhar (imagem) e Deepti Gurdasani, publicado na revista Science desta quinta-feira (14), aponta que a imunidade de rebanho (HIT, na sigla em inglês) da covid-19 não foi alcançada, apesar do alto patamar de infecções. Elas usam Manaus como um trágico exemplo. A taxa de mortalidade na capital amazonense segue alta, apesar das estimavas de que 76% da população já entrou em contato com o vírus. Essa possibilidade derruba a crença na aquisição de imunidade coletiva, já que que a infecção primária não significa imunidade permanente, pois reinfecções são registradas em diversos países. A publicação também apontou que a transmissão na cidade se manteria pela ausência de intervenções farmacêuticas (vacinas e medicamentos atenuantes das infecções). Manaus também serve de exemplo negativo de mitigação, com ausência de lockdown e pouco uso de máscaras. Com isso, novas cepas encontrariam terreno para se desenvolver. As cientistas reiteram a necessidade de rastreamento, testes, isolamento e medidas de controle pelo governo até uma ampla vacinação. “Este é o caminho mais sustentável para os países saírem da pandemia”, concluem.

Vacinação e barreiras coletivas
A União Pró-Vacina, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), afirma: “Por isso é tão relevante nos vacinarmos como uma estratégia de proteção da sociedade para a sociedade”. Confira:

Anvisa quer mais documentos
Mais informações foram solicitadas pela Anvisa ao Instituto Butantan e à Fiocruz para a autorização emergencial dos imunizantes. Em nota, o órgão destacou que, sem o conjunto das informações necessárias, a análise dos requerimentos não poderá ser cumprida no prazo estabelecido de até 10 dias. No caso do Butantan, a Anvisa destacou que já havia solicitado o restante da documentação no último sábado (9).

Os absurdos do Ministério
O Ministério da Saúde ignorou um parecer interno que indicava a carência de insumos (agulhas e seringas) para as vacinações futuras, aponta a reportagem do jornal O Globo. Durante as negociações com a Organização Panamericana de Saúde (Opas) para a aquisição, o Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis defendeu a manutenção da compra com a entrega por avião, mesmo com alto valor, visando a demanda urgente ao Programa Nacional de Imunização (PNI), o que garantiria o suprimento de 20 milhões de seringas. O alerta foi ignorado. Em vez disso, 1,9 milhão agulhas compradas em 25 de janeiro foram despachadas de navio. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, requisitou que a situação dos estoques de insumos dos 26 estados e Distrito Federal seja detalhada. As informações servirão de subsídio para uma ação apresentada pelo partido Rede Sustentabilidade, que tenta comprovar se há o suficiente para a imunização na primeira rodada, como afirma o governo. Enquanto isso, a Saúde não para de ter ideias questionáveis, como o aplicativo TrateCOV, que poderia ser positivo se não fosse pela insistência em prescrever medicamentos sem eficácia comprovada e rejeitados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), como a hidroxicloroquina, cloroquina e ivermectina.

Papas imunizados

Foram vacinados o papa Francisco, de 84 anos, e o papa emérito, o ex-papa Bento XVI, de 93 anos. Francisco recebeu sua primeira dose da Pfizer/BioNTech na quarta-feira (13), enquanto seu antecessor, nesta quinta-feira (14). Daqui três semanas, ambos receberão a segunda dose.

Reino Unido limita viagens
Preocupado com a nova variante encontra no Amazonas, o governo britânico decidiu proibir voos com origem na América do Sul (15 países) e Portugal (incluindo Açores), a partir de sexta-feira (14). A proibição não inclui voos de carga e frete.

Vacina hermana
A Argentina está desenvolvendo seu próprio imunizante contra a covid-19 na Universidade Nacional de San Martín (UNSAM). De acordo com a reportagem do jornal Clarín, a equipe de doze cientistas é liderada por Juliana Cassataro. Diferente dos imunizantes da Pfizer e Moderna, que usam tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), a candidata argentina usa proteínas recombinantes. O estudo ainda na fase 1.

Morte na China
A Comissão Nacional de Saúde da China (NHC, na sigla em inglês) confirmou novos 138 casos com sintomas e 78 assintomáticos. Uma morte foi registrada em Hebei, uma província próxima de Pequim. Foi a primeira morte por covid-19 no país desde 16 de maio. O governo está preocupado com proximidade do Ano-Novo Lunar, em fevereiro, período marcado com intensa atividade turística e deslocamentos.

Esforços nas redes sociais
Para combater a desinformação e conscientizar a população, influenciadores científicos e médicos se esforçam para disseminar informações reais à população. O cardiologista Roberto Kalil Filho usou sua uma conta no Instagram, que conta com mais de 600 mil seguidores. Além dele, o biólogo Atila Iamarino conseguiu se tornar um fenômeno entre os mais jovens e respeitado entre os profissionais de diferentes áreas da saúde. Confira o recado do doutor Kalil:

Fonte: Instagram

Painel Coronavírus
Dados atualizados em 14/01/21 – 19h

Casos confirmados
• 8.324.294 – acumulado
• 67.758 – casos novos
• 7.339.703 – casos recuperados
• 777.496 – em acompanhamento
• 3.928,9 – incidência por grupo de 100 mil habitantes

Óbitos confirmados
• 207.095 – óbitos acumulados
• 1.131 – casos novos
• 2,5% – Letalidade
• 98,0 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes

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