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Boletim da Pandemia 31: rainha imunizada; apelo de Bolsonaro; Doria altera reportagem

Aos 94, Elizabeth II entrou na fila
Monarca do Reino Unido, a rainha Elizabeth II foi vacinada neste sábado (9). “A rainha e o duque de Edimburgo receberam hoje as vacinas contra covid-19”, informou o Palácio de Buckingham em comunicado. A rainha tem 94 anos e Philip, 99. Ambos respeitaram a fila prioritária para a vacinação. As doses foram administradas por um médico que atua no Castelo de Windsor. A decisão da divulgação foi da própria rainha, a fim de conter qualquer especulação sobre um possível furada de fila. O país sofre com uma intensa segunda onda e o governo pretende vacinar 15 milhões de pessoas até meados de fevereiro, principalmente idosos e trabalhadores da saúde.

Brasil soma uma em cada três mortes entre profissionais de saúde
É mais um daqueles recordes que envergonham. Uma pesquisa do Conselho Federal de Enfermagem aponta que no Brasil a pandemia já abateu 500 profissionais de saúde, entre enfermeiras, técnicos, auxiliares de enfermagem e obstetrizes. São 500 mortos entre os mais de 200 mil óbitos pela covid-19. Só em janeiro, 30 profissionais de linha de frente perderam suas vidas enquanto cuidavam de infectados. De acordo com o Conselho Internacional de Enfermagem, desde o início da pandemia cerca de 1,5 mil profissionais de saúde morreram em 44 países. Um em cada três era brasileiro. Essa contagem macabra oferece uma pista das condições de trabalho nos hospitais do país.

Saúde vai distribuir CoronaVac no SUS
Enfim uma boa notícia – pelo menos por enquanto. Neste sábado (9), o Ministério da Saúde anunciou que irá comprar toda a produção do imunizante CoronaVac, parcialmente desenvolvido pelo Instituto Butantan, de São Paulo. A vacina entrará na listagem do Sistema Único de Saúde (SUS) e será distribuída em todo o território nacional.

Pzifer e Moderna banidas do Irã
O aiatolá Ali Khamenei, líder religioso e dono de fato do poder no Irã, anunciou nesta sexta-feira (08) que a importação das vacinas da Moderna e da Pfizer estão proibidas. Os imunizantes foram classificados como não confiáveis. “Não é improvável que eles [EUA e Reino Unido] queiram contaminar outras nações”, afirmou o religioso muçulmano xiita, em pronunciamento transmitido pelas emissoras locais. “Se a fábrica da Pfizer pode produzir qualquer vacina, eles [EUA] devem primeiro consumi-la eles próprios para que em 24 horas não tenham 4 mil mortes. O mesmo vale para o Reino Unido”, afirmou Khamenei. Eventuais vacinas francesas também foram descartadas. O Irã tenta desenvolver sua própria solução, a COV Iran Barkat, mas pode adquirir inoculantes da China, Rússia ou Cuba. A vacina cubana está na segunda fase do ensaio clínico. O Irã acumula 1.268.263 infecções e 55.993 mortes.

Bolsonaro faz apelo

O presidente Jair Bolsonaro enviou nesta sexta-feira (8) uma carta ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, na qual solicita urgência no envio para o Brasil das doses da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca produzidas naquele país. “O imunizante está sendo produzido no Serum Institute of India e deverá integrar de forma imediata a implementação do nosso Programa Nacional de Imunização”, informaram em nota conjunta a Secretaria de Comunicação da Presidência e o Ministério da Saúde. O laboratório indiano deve fornecer 2 milhões de doses. Na carta, Bolsonaro também agradeceu a Índia pela liberação das exportações dos insumos farmacêuticos “de extrema relevância para o abastecimento do mercado brasileiro”. O Ministério da Saúde quer começar a imunização, no cenário mais otimista, a partir de 20 de janeiro.

Indianos começam sábado que vem
A Índia iniciará sua campanha de vacinação contra a covid-19 daqui uma semana, em 16 de janeiro, com prioridade para cerca de 30 milhões de profissionais da linha de frente da saúde, informou o governo em comunicado neste sábado (9). Os indianos aprovaram duas vacinas uso emergencial contra o coronavírus: a da AstraZeneca/Oxford e a Covaxin, da empresa local Bharat Biotech e um instituto estatal.

Chineses liberam missão da ONU em Wuhan
Após receber críticas, o governo chinês garantiu, neste sábado (9), que está em vias de terminar os preparativos para receber uma missão da Organização Mundial da Saúde (OMS) que investigará a origem da covid-19 em Wuhan. A China evita dar detalhes sobre o início da pandemia, que já ceifou 2 milhões de vida. A OMS informou que recebeu autorização para enviar uma equipe de 10 pessoas.

Doria “edita” reportagem da Science
A coluna de Monica Bergamo, na Folha de S.Paulo, apontou neste sábado (9) que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), divulgou pelo Twitter uma versão com título alterado de uma reportagem da revista científica Science sobre a CoronaVac. O texto criticava a falta de transparência na divulgação da eficácia da vacina, parcialmente desenvolvida pelo pelo Instituto Butantan. “Brasil anuncia resultados ‘fantásticos’ para a vacina de covid-19 de fabricação chinesa, mas detalhes permanecem vagos”, afirma o título original. Na versão de Doria ficou: “Brasil anuncia resultados ‘fantásticos’ para a vacina de covid-19 de fabricação chinesa”. Compare:

Painel Coronavírus
Dados atualizados em 09/01/21 – 19h

Casos confirmados

  • 8.075.998 – acumulado
  • 62.290 – casos novos
  • 7.144.011 – casos recuperados
  • 729.356 – em acompanhamento
  • 3.843 – incidência por grupo de 100 mil habitantes

Óbitos confirmados

  • 202.631 – óbitos acumulados
  • 1.171 – casos novos
  • 2,5% – Letalidade
  • 96 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes

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