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Boletim da Pandemia 3: as vacinas em análise, preços e a cientista do RNA

Confira as principais candidatas à vacina contra a covid-19 em análise junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de acordo com a fase das pesquisas. Também confira as possíveis diferenças de preços, quem adquiriu qual por enquanto e em que países são feitos testes com os imunizantes mais adiantados.

A mulher por trás da vacina da Pfizer

A vacina da Pfizer/BioNTech, aprovada para uso emergencial no Reino Unido, Canadá e EUA, é fruto de 40 anos de trabalho da biocientista Katalin Karikó (imagem), uma húngara radicada nos Estados Unidos. Mesmo após ter seu financiamento de pesquisa negado por vários laboratórios e ter perdido o posto de professora titular na Universidade da Pennsylvania, ela seguiu. Ao lado de colegas, desenvolveu e aperfeiçoou a técnica de RNA mensageiro sintético (mRNA), abrindo as portas para uma nova geração de medicamentos e vacinas capazes de tratar, além da covid, câncer, zyka e complicações decorrentes de derrames. Ela é uma respeitável candidata ao Nobel de Medicina nos próximos anos.

O conceito do mRNA é tão simples quanto de difícil execução: as células do corpo absorvem as “instruções” das moléculas de mRNA para produzir proteínas. Assim, a resposta da vacina se dá pela mesma maneira que o próprio vírus da covid-19 (SARS-CoV-2) infecta as células humanas. Porém, a nova vacina só carrega a “proteína S da espícula”, que impede o vírus que aderir às células, impedindo a infecção.

Custos por dose

  • R$ 170: a da Moderna é a mais cara;
  • R$ 100: Pfizer/BioNTech;
  • R$ 50: Sputnik V;
  • R$ 20: Oxford/AstraZeneca;
  • Sem custos definidos: CoronaVac e a da Johnson & Johnson.
Fonte: Anvisa

Quem já comprou

  • CoronaVac: China, Turquia, Brasil (estado de São Paulo);
  • Oxford/AstraZeneca: Austrália, Brasil, Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão, Reino Unido, União Europeia (se aprovada);
  • Sputnik V: Rússia, Argentina, Egito, Índia, Nepal, Cazaquistão, Uzbequistão, México e Coreia do Sul (acordos de produção e/ou fornecimento);
  • Moderna: EUA, Canadá, Coreia do Sul, Reino Unido, Suíça e União Europeia
  • Johnson&Jonhson: Estados Unidos, União Europeia (se aprovada), Canadá e Coreia do Sul;
  • Pfizer/BioNTech: Austrália, Bahrein, Canadá, Coreia do Sul, Reino Unido, Estados Unidos, Japão, União Europeia, Chile, México e Brasil.

Uso emergencial autorizado

  • Na China, a CoronaVac está sendo usada emergencialmente na província de Jiaxing;
  • A Sputnik V está sendo aplicada na Rússia;
  • A da Pfizer/BioNTech, no Reino Unido, Canadá, Bahrein, México e EUA;
  • A candidata de Oxford/AstraZeneca segue em análise em alguns países, incluindo o Brasil;
  • A da Moderna ainda não foi aprovada, mas seu uso é considerado emergencialmente.

Em que países são feitos os testes

  • CoronaVac: China, Brasil, China, Indonésia, Turquia e Chile;
  • Oxford/AstraZeneca: Reino Unido e Brasil
  • Johnson & Johnson: Brasil;
  • Pfizer/BioNTech: Brasil, EUA, Argentina e Alemanha;
  • Sputnik V: Belarus, nos Emirados Árabes, Índia, Rússia e Venezuela;
  • Moderna: apenas nos EUA;
  • Novavax: Reino Unido, África do Sul e México;
  • Covaxin: Índia.

A indiana Covaxin

O laboratório indiano Bharat Biotech entrou com um pedido para uso emergencial da vacina Covaxin na Índia. A empresa é a terceira a fazer este tipo de solicitação no país. Atrás da Pfizer e do Instituto Serum (vacina de Oxford).

‘Guerra das vacinas’ prejudica futuro das imunizações

A pesquisa Datafolha, apurada entre 8 e 10 de dezembro, encomendada pelo jornal Folha de S. Paulo e divulgada neste sábado (12) apontou que a vacina CoronaVac, desenvolvida entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Sinovac, é a mais recusada entre a população. Vale destacar que o estudo foi feito em meio a “guerra das vacinas” e que os discursos políticos inflamados entre o governador paulista João Doria e o presidente Jair Bolsonaro não contribuem para o futuro das imunizações. O mais preocupante é que 22% dos 2.016 entrevistados afirmaram não querer se vacinar contra a covid.

Intenção de vacinação

As disputas políticas afetam a confiabilidade em relação a origem da vacina. Apenas 29% dos que confiam em Bolsonaro, por exemplo, tomariam a CoronaVac. Confira:

  • China: 47% se vacinariam. 50% não. 3% não souberam responder;
  • EUA: 74% se vacinariam. 23% não. 3% não souberam responder;
  • Inglaterra: 70% se vacinariam. 26% não. 4% não souberam responder;
  • Rússia: 60% se vacinariam. 36% não. 4% não souberam responder;

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