Luto
Sem uma campanha de vacinação em andamento, com falta de insumos e uma presidência que leve a sério a vida humana, o Brasil atingiu 200 mil mortes por covid-19. Em 26 de fevereiro de 2020 foi registrado o primeiro caso da doença, com a primeira morte em 12 de março.
Questão CoronaVac
Após todas as desavenças entre o governo federal e do estado de São Paulo sobre a vacina desenvolvida pela farmacêutica Sinovac e o Instituto Butantan, parece que a sensatez ou o desespero chegaram ao Planalto. O Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou a compra de 100 milhões de doses (46 milhões até abril e outras 54 milhões até o final de 2021). Em outubro, Jair Bolsonaro, afirmou que não compraria o imunizante do Butantan: “o presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade. Até porque estaria comprando uma vacina que ninguém está interessado, a não ser nós”.
Entretanto, o governador paulista em entrevista à GloboNews respondeu: “Vi que o ministro expressou a assinatura do contrato. Não quero desmerecer o Pazuello, mas o contrato foi encaminhado esta manhã. Não foi assinado. Até porque, para ser assinado, precisa ser pelas duas partes e não há assinatura nem do governo de São Paulo e nem do Ministério da Saúde. Até o momento temos a elaboração do contrato, mas não as assinaturas. A nossa disposição é atender a necessidade do Plano Nacional de Imunização. Já era para estar assinado e configurado desde 20 de outubro”.
Uma nova esperança
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) prevê que a produção da vacina da AstraZeneca/Oxford deva começar em 20 de janeiro, com a chegada dos ingredientes farmacêuticos ativos (IFAs) importados. O imunizante já começou a ser aplicado no Reino Unido. O Complexo Industrial de Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro, já está preparado e deve entregar o primeiro milhão de doses entre 8 e 12 fevereiro. O acordo entre o governo federal e a AstraZeneca prevê que 100,4 milhões de doses no primeiro semestre de 2021.
Estado de emergência
O primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, declarou um novo estado de emergência na capital, Tóquio, e nos seus subúrbios por um mês, devido ao aumento significativo de casos no país. Dessa forma, novas restrições nos horários comerciais dos estabelecimentos não essenciais serão implementadas. O governo pediu aos cidadãos que permaneçam em casa.
Tempo de imunização
A farmacêutica Moderna afirmou que seu imunizante oferece proteção por até dois anos. Porém, ainda são necessários mais dados para uma avaliação definitiva. “O cenário de pesadelo que foi descrito pela mídia na primavera [do Hemisfério Norte], com uma vacina que só funcionaria por um ou dois meses acho que está fora de cogitação”, afirmou o presidente da Moderna, Stephane Bancel, em evento organizado pelo grupo de serviços financeiros Oddo BHF.
Retorno à vida
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin “Bibi” Netanyahu, prometeu que o país será o primeiro a erradicar a covid-19 e que todos os israelenses com mais de 16 anos serão vacinados até o final de março. As inoculações iniciaram em dezembro e já somam mais de um milhão. Netanyahu chamou o processo de “Operação Retornando à Vida”.
Painel Coronavírus
Dados atualizados em 07/01/21 – 19h
Casos confirmados
- 7.961.673 – acumulado
- 87.843 – casos novos
- 7.096.931 – casos recuperados
- 664.244 – em acompanhamento
- 3.788,6 – incidência por grupo de 100 mil habitantes
Óbitos confirmados
- 200.498 – óbitos acumulados
- 1.524 – casos novos
- 2,5% – Letalidade
- 95,4 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes