O WhatsApp tem até o final de fevereiro para explicar às autoridades da União Europeia (UE) as mudanças que aplicou em sua política de privacidade, a fim de estabelecer se estão de acordo com as leis de proteção ao consumidor. Há reclamações de grupos de consumidores, informou a Comissão Europeia nesta quinta-feira (27).
A Organização Europeia do Consumidor (BEUC) e oito de seus grupos integrantes levaram suas queixas ao executivo da UE e à rede europeia de autoridades do consumidor, afirmando que o WhatsApp estava pressionando injustamente os usuários a aceitar a nova política, que permitiria compartilhar alguns dados com o Facebook e outras empresas do grupo da Meta, a dona do Facebook
O comissário de Justiça da UE, Didier Reynders, afirmou que compartilha das mesmas preocupações e pediu à plataforma que preste esclarecimentos. “O WhatsApp tem até o final de fevereiro para nos retornar com compromissos concretos sobre como estes vão abordar nossas preocupações”, disse em comunicado. As áreas de preocupação incluem se a empresa fornece informações suficientes sobre seus novos termos de serviço e se suas notificações solicitando aos usuários que aceitem os novos termos e a política de privacidade estão dentro da lei.
A comissão expressou que também estava preocupada com a troca de dados pessoais dos usuários entre o WhatsApp e terceiros ou outras empresas do Facebook/Meta. “Estamos ansiosos para explicar como protegemos a privacidade de nossos usuários segundo nossas obrigações sob a lei da UE”, esclareceu um porta-voz do WhatsApp.