Reduzir o consumo de carne vermelha por meio da oferta de produtos que pareça de origem animal, mas sem o mesmo impacto ecológico é a proposta da Fazenda Futuro, foodtech brasileira que aposta em carnes vegetais, o plant-based. Criada há dois anos, a empresa anunciou nesta quarta-feira (3) ter recebido um aporte de R$ 300 milhões em uma rodada de série C. Entre os novos investidores estão o fundo europeu de plant-based Rage Capital e a brasileira XP, que se juntam ao BTG Pactual, ENFINI Investments (Grupo PWR Capital), Monashees e Go4it Capital, em um negócio agora avaliado em R$ 2,2 bilhões.
Com um espaço relativamente limitado no Brasil, mas interesse de consumidores de outros mercados onde o plant-based está mais consolidado, a Fazenda Futuro consegue atingir 24 países, onde possui 10 mil pontos de venda, em especial Alemanha, Reino Unido e Holanda. De acordo com o CEO Marcos Leta, os próximos alvos são Austrália e Holanda. Um unidade foi criada em Los Angeles para atender os Estados Unidos.
No Brasil, o portfólio é sem glúten, trangênicos e proteína animal, substituídos por soja, de grão de bico, beterraba, óleo de coco e alga marinha no Futuro Burger, Futuro Burger Defumado, Carne Moída do Futuro, Almôndega do Futuro, Futuro Frango e Linguiça do Futuro.
O próximo passo é atuar com leites e derivados, como manteigas e queijos vegetais. “Nossa competição será com a indústria de proteína animal, jamais com as startups e empresas plant-based. Assim sempre foi com a carne, e com os laticínios não será diferente”, diz Marcos Leta.