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Trump busca acalmar norte-coreano Kim sobre cúpula incerta

Por Steve Holland e David Brunnstrom

WASHINGTON (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, buscou acalmar nesta quinta-feira o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, após Pyongyang ameaçar cancelar uma cúpula sem precedentes, dizendo que a segurança de Kim deve ser garantida em qualquer acordo e que seu país não irá sofrer o destino do líbio Muammar Gaddafi.

Trump disse que, até onde sabe, o encontro com Kim ainda está programado, mas que agora o líder norte-coreano está possivelmente sendo influenciado pela China após duas visitas recentes ao país.

    Trump se distanciou de comentário de seu assessor de segurança nacional, John Bolton, citado pela Coreia do Norte quando o país levantou dúvidas sobre a cúpula, que está planejada para o dia 12 de junho em Cingapura.

    “A Coreia do Norte está realmente falando conosco sobre cronogramas e tudo mais, como se nada tivesse acontecido”, disse Trump. Ele falava a repórteres no começo de um encontro no Salão Oval com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

    Trump disse não estar buscando o chamado “modelo Líbia” para fazer a Coreia do Norte abandonar seu programa de armas nucleares. Bolton havia sugerido o modelo Líbia em comentários no domingo, fazendo com que a Coreia do Norte ameaçasse cancelar o encontro.

    Gaddafi foi deposto e morto após líbios se juntarem aos protestos de 2011 da Primavera Árabe, auxiliados por aliados da Otan que haviam encorajado Gaddafi a abandonar suas armas proibidas de destruição em massa sob um acordo de 2003.

Analistas sugeriram que Pyongyang se irritou por conta da noção de que a Coreia do Norte pode sofrer o mesmo destino se fizer concessões sobre seu programa nuclear.

    Trump disse que o acordo que está buscando dará a Kim “proteções que serão muito fortes”.

    “Ele estará lá, ele estará comandando seu país, seu país será muito rico”, disse Trump.

    “O modelo Líbia era um modelo muito diferente. Nós dizimamos aquele país”, completou.

    Trump disse que o modelo Líbia só será usado se um acordo não for alcançado com a Coreia do Norte, mas não elaborou.

    “Nós não podemos deixar aquele país ter armas nucleares. Nós simplesmente não podemos”, disse sobre a Coreia do Norte, que tem trabalhado em mísseis capazes de atingir os EUA.

A Coreia do Norte, que mudou abruptamente de tom nos dias recentes após semanas de relações mais calorosas com a Coreia do Sul e preparações para a cúpula com os EUA, informou na quarta-feira que o encontro com Trump pode não acontecer se os EUA continuarem exigindo que o país abandone unilateralmente seu arsenal nuclear.

    Os EUA exigiram o desmantelamento “completo, verificável e irreversível” do programa de armas nucleares da Coreia do Norte, que Pyongyang rejeitou.

    A Coreia do Norte não deu indícios de que está disposta a ir além de afirmações de amplo apoio ao conceito de desnuclearização.

    O governo norte-coreano informou em conversas anteriores fracassadas que pode considerar abandonar seu arsenal se os EUA removerem suas tropas da Coreia do Sul e retirarem da Coreia do Sul e do Japão o chamado guarda-chuva nuclear de dissuasão.

    Trump disse a repórteres que se o encontro com Kim acontecer, então “irá acontecer”, e que se não acontecer, os EUA irão para o próximo passo. Novamente ele não elaborou.

    O cancelamento da cúpula, a primeira entre líderes dos EUA e da Coreia do Norte, seria um grande golpe ao que se tornaria a maior conquista diplomática da Presidência de Trump.

    Isto acontece em um momento em que a saída de Trump do acordo nuclear do Irã provocou críticas internacionais e em que a transferência da embaixada norte-americana em Israel para Jerusalém impulsionou violência mortal na fronteira entre Israel e Gaza.    

(Reportagem de Steve Holland, David Brunnstrom e Matt Spetalnick)

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