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Rússia diz que novas sanções dos EUA são ilegais e avalia retaliação

Por Andrew Osborn

MOSCOU (Reuters) – A Rússia condenou uma nova rodada de sanções dos Estados Unidos como ilegais nesta quinta-feira depois que a notícia das medidas fez o rublo sofrer sua pior queda em dois anos e desencadeou uma liquidação ainda maior de ativos devido aos temores de que Moscou esteja presa em uma espiral de punições ocidentais sem fim.

Moscou vem tentando, com sucesso relativo, melhorar os laços desgastados entre os EUA e a Rússia desde que Donald Trump conquistou a Casa Branca em 2016, e a elite política russa não perdeu tempo em classificar uma cúpula do mês passado entre Trump e Vladimir Putin como uma vitória.

Mas o triunfalismo inicial logo azedou, já que a irritação diante do que alguns parlamentares dos EUA viram como uma postura excessivamente deferente de Trump e sua incapacidade de questionar Putin a respeito da suposta interferência de Moscou na política norte-americana se transformou em um novo clamor por sanções.

Depois de apostar alto na melhoria das relações com Washington através de Trump, Moscou percebe agora que Trump sofre uma pressão cada vez maior de parlamentares para mostrar que é duro com a Rússia antes das eleições de meio de mandato.

Em sua investida mais recente, o Departamento de Estado dos EUA informou na quarta-feira que adotará novas sanções até o final do mês depois de concluir que Moscou usou um agente nervoso contra um ex-espião duplo russo, Sergei Skripal, e sua filha, Yulia, no Reino Unido, o que Moscou nega.

O Kremlin disse que as sanções são ilegais e inamistosas e que a medida norte-americana se choca com o “clima construtivo” do encontro de Trump e Putin em Helsinque.

Moscou começará a trabalhar sobre medidas retaliatórias “no mesmo espírito” de qualquer restrição que vier a ser imposta pelos EUA, disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

As novas sanções virão em duas levas. A primeira, que visa as exportações norte-americanas de bens sensíveis relacionados à segurança nacional, chega com grandes isenções, e muitos dos itens que cobre já foram proibidos por restrições anteriores.

Mas a segunda leva, ativada depois de 90 dias se Moscou não der “garantias confiáveis” de que não usará mais armas químicas e permitirá inspeções da Organização das Nações Unidas (ONU) ou de outros grupos de observadores internacionais em suas instalações, é potencialmente mais séria.

De acordo com a lei, a segunda leva pode incluir um rebaixamento das relações diplomáticas, a suspensão da autorização da companhia aérea russa Aeroflot para voar aos EUA e o corte de quase todas as exportações e importações.

O Kremlin disse que as novas sanções são “ilegais e não correspondem à lei internacional”.

“Tais decisões do lado americano são absolutamente inamistosas e dificilmente podem ser associadas de alguma forma ao clima construtivo –não simples, mas construtivo– que se viu no último encontro entre os dois presidentes”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

(Reportagem adicional de Dmitry Zhdannikov, Tom Balmforth, Denis Pinchuk, Andrey Ostroukh)

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