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Premiê italiano Conte recebe apoio parlamentar e promete conversas duras com UE

Por Crispian Balmer e Angelo Amante

ROMA (Reuters) – O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, foi aprovado tranquilamente em uma moção de confiança na câmara baixa do Parlamento nesta quarta-feira, confirmando a maioria de seu governo depois de prometer negociações duras com a Europa a respeito da economia.

Apoiado pelo anti-establishment Movimento 5 Estrelas e pelo partido de extrema-direita Liga, Conte venceu uma votação inicial no Senado na terça-feira e agora pode levar adiante o programa de sua coalizão, que inclui cortes de impostos, aumento de benefícios e uma reforma da Justiça.

    A oposição acusou o advogado de 53 anos, que não tem experiência política ou administrativa, de ser um fantoche nas mãos dos dois partidos de sua coalizão e disse que ele fez uma série de promessas que a endividada Itália não poderá bancar.

    Conte disse à câmara baixa que seu governo almeja incentivar o crescimento e ao mesmo tempo reduzir o montante da dívida –a terceira maior do mundo em termos absolutos.

    “Negociaremos no nível europeu… e esperamos ter a firmeza e a determinação necessárias para ser ouvidos por nossos parceiros”, disse.

    Ele venceu a moção de confiança na câmara baixa com 350 votos a favor, 236 contra e 35 abstenções.

    A Liga e o 5 Estrelas prometeram não fazer concessões à União Europeia no tocante às finanças do país, queixando-se de que as regras fiscais atuais são rígidas demais por se concentrarem muito na redução do déficit, e não no crescimento econômico.

    Os investidores receiam que os planos de grandes gastos do governo ameacem as contas públicas já frágeis, e os bônus públicos italianos sofreram uma pressão ainda maior nesta quarta-feira em meio a sinais de que o Banco Central Europeu está se preparando para reduzir os enormes estímulos que beneficiaram grandemente o mercado de dívida soberana da zona do euro.

    Os títulos de 10 anos saltaram 0,19 ponto percentual e chegaram a 2,93 por cento. Ele pairava em torno dos 2 por cento antes das eleições nacionais de 4 de março, nas quais a Liga e o 5 Estrelas derrotaram os partidos tradicionais.

    Rivais eleitorais implacáveis, os dois grupos demoraram semanas para montar sua coalizão e forjar um gabinete que, dizem, provocará mudanças radicais no país, que há anos vem sendo assolado pelo baixo crescimento e alto desemprego.

    Ainda nesta quarta-feira Conte prometeu investir em infraestrutura, mas devem surgir desavenças na coalizão a respeito das prioridades. O 5 Estrelas se concentrou nas preocupações ambientais, mas a Liga tem tradição de apoiar grandes projetos industriais.

    (Reportagem adicional de Massimiliano Di Giorgio e Gavin Jones)

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