BRASÍLIA (Reuters) – O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse nesta quinta-feira que a aprovação de crédito suplementar pelo Congresso na véspera permitiu que o Brasil honrasse seus compromissos como garantidor de Venezuela e Moçambique, mas que seguirá cobrando os dois países.
Na noite de quarta-feira, o Congresso aprovou projeto que remaneja recursos da União para cobrir a inadimplência da Venezuela e de Moçambique em operações de crédito nas quais o Brasil é o garantidor.
O projeto prevê crédito suplementar de aproximadamente 1,16 bilhão de reais para a cobertura de garantias prestadas pela União em operações de seguro de crédito à exportação. Os recursos virão do corte de igual valor no programa do seguro-desemprego.
“Isso permitiu que nós cumpríssemos o compromisso do Fundo Garantidor de Exportações, o que vai permitir que as exportações brasileiras sigam no ritmo acelerado como acontece hoje e que o Brasil mantenha a credibilidade nacional e internacional”, disse Marun, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
“A cobrança em relação a Venezuela e Moçambique continua, mas honramos nosso compromisso. Neste momento o principal era honrarmos o compromisso estabelecido pelo nosso fundo garantidor, que é peça fundamental para o futuro do programa de exportações”, acrescentou.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)