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Marina diz que Petrobras e governo falharam ao não antecipar crise com caminhoneiros

SÃO PAULO (Reuters) – A pré-candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira que faltou “atitude antecipatória” da Petrobras e do governo do presidente Michel Temer para lidar com a greve dos caminhoneiros, que nesta quinta-feira fazem o quarto dia de protestos em todo o país contra o alto preço do diesel. “Governo não teve capacidade de se antecipar ao problema e a medida que foi tomada agora em relação a essa redução de 10 por cento no combustível poderia ter sido tomada antes de acontecer no olho do furacão”, disse Marina a jornalistas após participar de sabatina realizada pelo SBT, pela Folha de S.Paulo e pelo portal UOL.

A ex-ministra acrescentou que o momento da redução no preço do diesel nas refinarias em 10 por cento por 15 dias, anunciada na véspera pela Petrobras, passa uma mensagem de “imposição política”, além de criar prejuízo para as ações da estatal. “Com certeza o governo estava bastante perdido com relação a essa situação que é grave”, avaliou.

Após o início dos protestos dos caminhoneiros na segunda, com paralisações em rodovias que já afetam o abastecimento de várias cidades, o governo anunciou que zeraria a Cide (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) sobre o diesel, assim que o Congresso aprovasse a reoneração da folha de pagamento para alguns setores.

A medida, no entanto, não foi o suficiente para que os caminhoneiros parassem o movimento e, contrariando o governo, a Câmara dos Deputados incluiu no texto da reoneração, aprovado na quarta, a isenção do PIS/Cofins sobre o diesel. A paralisação continuou mesmo assim nesta quinta.

Marina fez a avaliação de que a própria Petrobras dispõe de mecanismos para manejar a situação. “É preciso saber manejar de maneira menos dogmática situações como essa, sem perder de vista as regras de mercado. Obviamente que isso não pode ser feito de forma artificial”, ponderou. Questionada sobre o que faria com a estatal petroleira em um eventual governo, Marina respondeu que a manteria como está, afirmando que não seria privatizada. “Com certeza teria todo o princípio da eficiência, continuaríamos combatendo a ferro e fogo toda e qualquer forma de corrupção e fazendo uma composição técnica das suas diretorias”, disse.

(Reportagem de Laís Martins)

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