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Maia diz que se Previdência não for votada em fevereiro fica para ano que vem

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira que se a reforma da Previdência não for votada agora em fevereiro deve ficar para o ano que vem, ponderando que uma eventual votação em novembro dependeria do presidente da República eleito.

“Olha, eu acho que… novembro é uma questão do próximo presidente da República”, disse Maia a jornalistas, após se reunir com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, ao ser questionado sobre a possibilidade da reforma ser colocada em votação em novembro.

“Não há possibilidade de eu pautar a reforma da Previdência (em novembro) sem que seja uma agenda do próximo presidente da República, isso é uma questão que a eleição pode ou não resolver. Ou, se não votar em fevereiro, vota no início do ano que vem”, acrescentou.

Maia disse que o acúmulo de aposentadorias e a transição para os servidores públicos são duas questões pendentes na reforma que precisam ser discutidas.

Segundo o presidente da Câmara, a discussão da transição dos servidores que entraram na ativa antes de 2003 foi combinada com o relator da reforma, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA).

“Eu já pedi para a assessoria da Câmara fazer algumas contas e acho que distensionar as relações e aprovar com alguma mudança na transição, não a que eles querem, mas também não a que está no texto. Você não vai perder mais que, no meu ponto de vista, 8 bilhões (de reais) ao longo de 10 anos… 8 a 10 bilhões (de reais)”, disse Maia.

“E talvez, para poder distensionar a relação e poder aprovar a matéria, vale mais com algum recuo do que não votar nada. Eu sou daqueles que acham que mesmo um recuo menor é melhor do que uma não votação”, acrescentou.

O presidente da Câmara disse que as mudanças contidas no texto da reforma apresentado na véspera por Arthur Maia não agregam muitos votos e que um apoio de prefeitos e governadores aumentaria as chances de aprovação da proposta.

Maia disse ainda que é preciso manter a discussão nos próximos dias em torno das questões pendentes para que a matéria possa ser votada neste mês “com possibilidade de vitória”.

“O diálogo é importante para que a gente possa mostrar que as instituições são independentes, mas que precisam trabalhar em harmonia por isso que eu vim hoje aqui atualizar essa conversa e ratificar o meu compromisso que nós vamos continuar dialogando e nesses pontos”, disse Maia, referindo-se ao encontro com a ministra Cármen Lúcia.

“Nós vamos continuar debatendo para que a economia prevista de 480, 500 bilhões fique nesse patamar, um pouco menos, mas que a gente possa ajustar esses dois pontos que ainda têm polêmica para que a matéria possa ir à votação a partir da semana do dia 20, com possibilidade de vitória.”

(Reportagem de Mateus Maia)

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