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Brasil tem déficit primário de R$110,583 bi em 2017, melhor que meta

BRASÍLIA (Reuters) – O setor público consolidado brasileiro encerrou 2017 com déficit primário de 110,583 bilhões de reais, ou 1,69 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), quarto rombo anual seguido nas contas públicas, mas bem melhor que a meta oficial de 163,1 bilhões de reais, divulgou o Banco Central nesta terça-feira.

Só em dezembro, o déficit primário foi de 32,321 bilhões de reais, melhor que o rombo de 35,4 bilhões de reais estimado em pesquisa Reuters.

No resultado consolidado do ano, o governo central (governo federal, BC e Previdência) teve déficit de 118,442 bilhões de reais, com forte destaque para o resultado previdenciário negativo em 182,442 bilhões de reais, ou quase 22 por cento maior do que o visto em 2016.

O governo federal, por outro lado, fez economia para pagar juros da dívida pública de 64,761 bilhões de reais, primeiro resultado do azul desde 2014.

O BC informou ainda que as empresas estatais registraram superávit primário de 362 milhões de reais e Estados e municípios de 7,498 bilhões de reais, todos dentro dos limites estabelecidos em lei.

Mesmo assim, a trajetória negativa do primário ressalta os desafios para o governo equilibrar as contas públicas, num ambiente de forte engessamento dos gastos e elevado crescimento das despesas com Previdência em função do envelhecimento populacional.

A perspectiva dada pelo próprio Executivo é de o governo seguir deficitário até 2020.

Reagindo a esse cenário, a dívida pública bruta saltou em 2017 para 74,0 por cento do PIB, ante 70,0 por cento em 2016. Esse resultado seria ainda pior se não fosse o pagamento antecipado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de 50 bilhões de reais ao Tesouro por empréstimos tomados no passado.

A dívida líquida, por sua vez, cresceu 5,4 pontos percentuais para 51,6 por cento do PIB.

O resultado nominal, que leva em consideração os gastos com os juros da dívida, alcançou déficit de 511,408 bilhões de reais em 2017, equivalente a 7,80 por cento do PIB, contra 8,99 por cento em 2016 e 10,22 por cento em 2015.

A queda foi favorecida pela redução do total pago em juros nominais, para 400,826 bilhões de reais no ano passado, ou 6,11 por cento do PIB, contra 6,50 por cento em 2016 e 8,37 por cento em 2015.

(Por Marcela Ayres)

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