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BC estende oferta no câmbio, Tesouro amplia rol de títulos e CMN muda regra para acalmar mercados

SÃO PAULO (Reuters) – O estresse nos mercado de câmbio e de dívida levou Banco Central e Tesouro Nacional a anunciarem novas medidas com objetivo de reduzir a pressão sobre a cotação do dólar e dos juros futuros, além de uma norma do Conselho Monetário Nacional.

Uma semana após anunciar que atuaria “enquanto necessário” para prover liquidez a investidores, o BC informou que fará de 18 a 22 de junho oferta adicional de 10 bilhões de dólares em contratos de swap cambial, equivalentes à venda da moeda no mercado futuro, e que não descarta ultrapassar consideravelmente os limites do que a autoridade monetária já fez no passado.

Já o Tesouro mudou a forma de oferecer liquidez ao mercado de títulos da dívida e informou que pode fazer na próxima semana leilões diários de compra e venda de três diferentes papéis “em razão das condições vigentes no mercado”.

Já o CMN alterou pela segunda vez no ano uma regra imposta a entidades de previdência complementar, que resultará na redução de 70 bilhões de reais do estoque de títulos públicos longos detidos por elas, “contribuindo também para estabilidade na curva de juros”.

A decisão ocorre após atuação coordenada de BC e Tesouro não serem suficientes para impedir que o dólar voltasse a acumular alta neste mês após saltar mais de 2,5 por cento, maior alta em 13 meses, pressionado pela perspectiva de fim do plano anunciado pelo BC na semana passada.

O BC anunciou que oferta de 24,5 bilhões em contratos adicionais de swap cambial nesta semana, após forte valorização do câmbio no mês passado, quando a autoridade monetária começou a intervir no mercado.

O Tesouro vem fazendo desde o fim de maio leilões de compra e venda de títulos da dívida com vencimentos de curto, médio e longo prazo, como forma de permitir a saída de investidores que não queiram ficar com os papeis em cenário de aversão a risco.

Na avaliação do governo, o mercado doméstico sofre efeitos de um processo global de reprecificação de ativos, diante da normalização da política monetária dos principais bancos centrais mundiais. Na avaliação de operadores nacionais, a incerteza eleitoral e dúvidas sobre a saúde das contas públicas também pressionam ativos no Brasil.

(Por Iuri Dantas)

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