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Bacia de Campos tem 25 plataformas em greve; 3 estão paralisadas, diz sindicato

Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A greve de 72 horas dos petroleiros ganhou novas adesões e já atinge 25 plataformas de produção de petróleo da Petrobras na Bacia de Campos –responsável por cerca de metade da produção de petróleo do Brasil–, em um movimento que impacta também refinarias e terminais desde o início do dia, informaram sindicatos.

Dentre as plataformas mobilizadas, sete foram entregues paralisadas, sendo que quatro já estavam em manutenção e as demais pararam em função da greve, afirmou em nota a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa 12 sindicatos de petroleiros da Petrobras.

Segundo a FUP, as plataformas que estão no movimento são: PCE1, PPM1, PNA-2, PCH-1, PVM1, P-07, P-08, P-12, P-15, P-19, P-20, P-25, P-26, P-32, P-33, P-35, P-37, P-40, P-47, P-48, P-50, P-51, P-61, P-63 e P-65. A federação não detalhou quais paralisaram a produção.

A Petrobras não comentou imediatamente a informação.

Mais cedo, a companhia havia afirmado em nota que haviam sido registradas paralisações pontuais em algumas unidades operacionais e que não havia impacto na produção, sem entrar em detalhes.

O coordenador de Comunicação do Sindipetro-Norte Fluminense, Francisco Oliveira, explicou que, ao aderir a greve, os funcionários entregam a operação das unidades a equipes de contingência. Segundo Oliveira, a paralisação das três plataformas ocorreu por questões de segurança.

“A gente tem uma responsabilidade muito grande em um movimento como esse, de entregar (a operação) à Petrobras, mas entregar com segurança”, disse Oliveira, que não tinha informações detalhadas sobre quais as unidades estão paradas.

Petroleiros afirmaram que a greve não tem a intenção de trazer riscos para o abastecimento de combustíveis do país e que eles têm a responsabilidade de atender as necessidades básicas da população.

Além disso, as refinarias da empresa estão com tanques cheios, após a paralisação de caminhoneiros nos últimos dias, afirmou o diretor-executivo de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão da Petrobras, Nelson Silva, em um evento em São Paulo.

O movimento ocorre apesar de o Tribunal Superior do Trabalho (TST) na véspera ter declarado que a greve dos petroleiros é ilegal. Foi estipulada multa diária de 500 mil reais pelo descumprimento da decisão.

Em nota, sobre a decisão da Justiça, o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, afirmou que “a categoria não se intimidará”.

A greve nacional tem como objetivo uma redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis. Também é contra a privatização da Petrobras e busca a saída do presidente da petroleira Pedro Parente, segundo sindicatos.

O movimento, segundo a FUP, tem um caráter de advertência. “A categoria petroleira já aprovou, para breve, a realização de uma greve por tempo indeterminado”, disse a FUP, sem informar uma data.

DEMAIS IMPACTOS

A FUP havia informado mais cedo que, em suas bases, dez refinarias estavam sem troca de turno: Reman (AM), Lubnor (CE), Abreu e Lima (PE), Rlam (BA), Reduc (Duque de Caxias), Regap (MG), Replan (SP), Recap (SP), Repar (PR) e Refap (RS).

Também estão parados, segundo FUP, os trabalhadores da SIX, Superintendência de Industrialização de Xisto (PR), e das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) do Paraná e da Bahia.

Na Transpetro, a FUP afirmou que a greve atinge os terminais do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul, do Espírito Santo, do Amazonas, do Ceará, de Pernambuco, de Campos Elíseos (Duque de Caxias) e de Cabiúnas (Macaé).

“No Rio Grande do Norte, os trabalhadores dos campos de produção terrestre do Alto do Rodrigues e de Mossoró também aderiram à greve, assim como os petroleiros do Ativo Industrial de Guamaré e da Estação Coletora do Canto do Amaro”, disse a FUP.

(Por Marta Nogueira; com reportagem adicional de Luciano Costa)

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