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Associação de caminhoneiros Abcam abandona reunião na Casa Civil com posição de manter greve

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, deixou uma reunião na Casa Civil antes do término na tarde desta quinta-feira e afirmou que a entidade mantém posição de manutenção da greve dos motoristas, mas que outras entidades da categoria aceitaram suspender temporariamente a paralisação.

“Enquanto presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), não entregar projeto votado e assinado pelo presidente (Michel Temer), da minha parte não levanto o movimento”, disse Lopes a jornalistas depois de sair da reunião sem que ela tivesse terminado.

Segundo ele, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, pediu na reunião “voto de confiança” de 15 dias ou um mês para o governo atender a exigência de redução da carga tributária sobre o diesel, o que foi aceito por outras entidades que participam do encontro.

Porém, Lopes se mostrou bastante contrariado com a posição das outras entidades de transporte presentes na reunião.

“Todo mundo acatou a posição do governo…Mas nós representamos 700 mil caminhoneiros, temos 600 sindicatos e 7 federações. Só levantamos o movimento depois que tiver assinada e carimbada a lei que retira dos combustíveis PIS/Cofins e Cide, antes disso nada feito”, disse Lopes a jornalistas.

Além de Padilha e do ministro dos Transportes, Valter Casimiro, e do general Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a reunião conta com entidades como Fetrabens, CNTA, Unicam, Sinaceg, CNT, NTU e Federação dos Transportadores Autônomos de Carga.

Mais cedo, Lopes tinha criticado o presidente do Senado em meio a notícias de que ele deixaria Brasília nesta quinta-feira sem discutir a questão da isenção de PIS/Cofins sobre o diesel. Porém, diante da pressão dos caminhoneiros, Eunício decidiu retornar para Brasília e convocar uma reunião de líderes na noite desta quinta-feira.

Segundo a liderança do DEM na Casa, Eunício vai convocar sessão deliberativa no Senado nesta quinta-feira para “tratar da crise dos combustíveis”.

Para Lopes, da Abcam, “o governo quando não quer atender reivindicação, cria grupo de trabalho”, disse ele sobre o prazo pedido por Padilha para conseguir encaixar nas contas do governo federal a isenção dos tributos sobre o diesel.

(Por Lisandra Paraguassu, com reportagem adicional de Maria Carolina Marcello)

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